13
Mar07
Cenas da Vida na Colina #1
sissi
Anda a pessoa a limpar o pó ao palácio novo, a colocar as pratas no lugar, os chás em posição e as sopas de Miso a verter, quando começa a ouvir uns gemidos vindos do andar de baixo. Eliminei logo os gatos com cio e o bicho da madeira e fiquei com a hipótese C: era foda e da boa.
Mudei há pouco e ainda não estou familiarizada com os vizinhos mas lembro-me do dia em que vinha de baú de sedas indianas na mão e quem me abriu a porta foi um simpático septuagenário que me informou ser o vizinho do rés-do-chão. E eu pensei: «Espera minha Sissi, princesa da colina mais bonita de Lisboa, que quem anda no esmifranço ainda antes das dez da manhã é o avô lá de baixo.» Olaré! Temos festa.
Entrei logo em animal recolector mode e consegui de imediato uma quantidade assinalável de lixo que me permitiu ter a desculpa perfeita para descer as escadas e pôr-me à escuta. Vivam os prédios de tabique!
Ora o garanhão do vizinho eram ais e uis que Zeus o dava, sons que pareciam cabeçadas na parede e outros que eram uma mistura de Darth Vader com asmático em último grau.
Estava eu agarrada à barriga à rir, quando entra a vizinha do rés-do-chão. Ou seja, a mulher do machão em causa.
«Cof, cof, ai tanto pó ando aqui em limpezas ia agora mesmo meter o lixo na rua.»
«Se precisar ajuda diga.»
Lembrei-me das cabeçadas na parede e tratei logo ali de fazer manobras de diversão para evitar o crime passional que a minha vizinha, mocetona para o seus 85 kilos bem pesados, trataria de efectuar sem delongas assim que visse o seu pisco a catrapiscar e fodengar coxa alheia.
«Olhe, por acaso, sabe como é que se faz uma Chanfana de Cabrito?»
«Oh minha amiga, isso não tem nada que saber. Mete o cabrito e blá, blá, blá...»
Por esta altura já eu rezava para que o D.Juan da Travessa se despachasse, até porque detesto Chanfana de Cabrito. Finalmente, o dito cujo vem à porta. E com ele a senhora da limpeza.
E foi assim que conheci a primeira família Poliamor.
To be continued...
Mudei há pouco e ainda não estou familiarizada com os vizinhos mas lembro-me do dia em que vinha de baú de sedas indianas na mão e quem me abriu a porta foi um simpático septuagenário que me informou ser o vizinho do rés-do-chão. E eu pensei: «Espera minha Sissi, princesa da colina mais bonita de Lisboa, que quem anda no esmifranço ainda antes das dez da manhã é o avô lá de baixo.» Olaré! Temos festa.
Entrei logo em animal recolector mode e consegui de imediato uma quantidade assinalável de lixo que me permitiu ter a desculpa perfeita para descer as escadas e pôr-me à escuta. Vivam os prédios de tabique!
Ora o garanhão do vizinho eram ais e uis que Zeus o dava, sons que pareciam cabeçadas na parede e outros que eram uma mistura de Darth Vader com asmático em último grau.
Estava eu agarrada à barriga à rir, quando entra a vizinha do rés-do-chão. Ou seja, a mulher do machão em causa.
«Cof, cof, ai tanto pó ando aqui em limpezas ia agora mesmo meter o lixo na rua.»
«Se precisar ajuda diga.»
Lembrei-me das cabeçadas na parede e tratei logo ali de fazer manobras de diversão para evitar o crime passional que a minha vizinha, mocetona para o seus 85 kilos bem pesados, trataria de efectuar sem delongas assim que visse o seu pisco a catrapiscar e fodengar coxa alheia.
«Olhe, por acaso, sabe como é que se faz uma Chanfana de Cabrito?»
«Oh minha amiga, isso não tem nada que saber. Mete o cabrito e blá, blá, blá...»
Por esta altura já eu rezava para que o D.Juan da Travessa se despachasse, até porque detesto Chanfana de Cabrito. Finalmente, o dito cujo vem à porta. E com ele a senhora da limpeza.
E foi assim que conheci a primeira família Poliamor.
To be continued...