07
Ago06
The Hunt
sissi
Há coisas que eu, com quase 32 anos, devia ter percebido.Os lustros que a vida me deu já me permitiram entender que o sol faz sempre o mesmo trajecto, o rio caminha para o mar e as mulheres nunca se devem tornar caçadoras.
Venha quem vier, digam o que quiserem. Por mais que os homens se expliquem e afirmem com a força de um vento glaciar que gostam de ser conquistados, há um botão qualquer dentro da sua intrincada teia social que os impede de progredir relaxadamente perante a investida de uma mulher. E este facto, para a vossa princesa, é insofismável.
Anos de apurada técnica e muitas épocas de acasalamento depois, permitem-me concluir que se quero arranjar um macho para me aquecer os reais chispes, o melhor a fazer é ficar quieta e sossegada. Contrariamente a todas as teorias feministas de evolução do papel da mulher e de forma inversa à dinâmica das sociedades modernas, no que respeita à procura do parceiro, o grelame tem que ficar impávido, sereno e, de preferência, calado.
Porque se o grelame se mexe muito e agita as águas, o machame foge, em protesto pela inversão de papéis. Sim, porque, no fundo, quem somos nós para alterar a Ordem Natural das Coisas, essa lei que tem tão de empírica como de estupidamente eficaz? Porque diabos havemos nós, gajas, de roubar o feudo aos servos da gleba, habituados a cortejar a dama desde tempos imemoriais? O que procuramos nós, modernas, malucas, doidas, em reclamar para nós um contorno que não nos pertence? Simples: queremos que vocês, gajos, se mexam, de preferência antes que a menopausa nos chegue e a lei da gravidade nos atinja em cheio.
Desde que a proactividade deixou de ser um vocábulo dos livros de Gestão e se instalou na mente e quotidiano feminino, parece que o mundo ficou do avesso. Nunca como hoje, homens e mulheres se encontraram tão desencontrados. O jogo do gato e do rato é o eleito para a conquista e se antes o mundo era dos espertos, hoje ele é dos jogadores. E por isso continuamos a viver na esfera dos homens. Nós gajas, com todas as nossas especificidades, vivemos dias mais simples. Conhecemos, queremos, vamos. Os verbos masculinos são outros. Conhecemos, queremos, esperamos. E nos raros momentos em que actividade impera do lado macho, um movimento em falso do grelame deita tudo a perder.
Obviamente que entendo que há várias vontades a ser respeitadas. Que as pessoas não querem as mesmas coisas ao mesmo tempo e que isto e aquilo e yada yada. Mas deixem o Mantorras jogar!!! Se não querem cortejar, deixe-se cativar. Se não querem mexer-se, deixem-se seduzir. E se estiverem a gostar, assumam e retribuam. Ofereçam o puderem. Mas, por Zeus, guardem as conisses várias para outras batalhas. Que isto não precisa de ser guerra alguma.
Venha quem vier, digam o que quiserem. Por mais que os homens se expliquem e afirmem com a força de um vento glaciar que gostam de ser conquistados, há um botão qualquer dentro da sua intrincada teia social que os impede de progredir relaxadamente perante a investida de uma mulher. E este facto, para a vossa princesa, é insofismável.
Anos de apurada técnica e muitas épocas de acasalamento depois, permitem-me concluir que se quero arranjar um macho para me aquecer os reais chispes, o melhor a fazer é ficar quieta e sossegada. Contrariamente a todas as teorias feministas de evolução do papel da mulher e de forma inversa à dinâmica das sociedades modernas, no que respeita à procura do parceiro, o grelame tem que ficar impávido, sereno e, de preferência, calado.
Porque se o grelame se mexe muito e agita as águas, o machame foge, em protesto pela inversão de papéis. Sim, porque, no fundo, quem somos nós para alterar a Ordem Natural das Coisas, essa lei que tem tão de empírica como de estupidamente eficaz? Porque diabos havemos nós, gajas, de roubar o feudo aos servos da gleba, habituados a cortejar a dama desde tempos imemoriais? O que procuramos nós, modernas, malucas, doidas, em reclamar para nós um contorno que não nos pertence? Simples: queremos que vocês, gajos, se mexam, de preferência antes que a menopausa nos chegue e a lei da gravidade nos atinja em cheio.
Desde que a proactividade deixou de ser um vocábulo dos livros de Gestão e se instalou na mente e quotidiano feminino, parece que o mundo ficou do avesso. Nunca como hoje, homens e mulheres se encontraram tão desencontrados. O jogo do gato e do rato é o eleito para a conquista e se antes o mundo era dos espertos, hoje ele é dos jogadores. E por isso continuamos a viver na esfera dos homens. Nós gajas, com todas as nossas especificidades, vivemos dias mais simples. Conhecemos, queremos, vamos. Os verbos masculinos são outros. Conhecemos, queremos, esperamos. E nos raros momentos em que actividade impera do lado macho, um movimento em falso do grelame deita tudo a perder.
Obviamente que entendo que há várias vontades a ser respeitadas. Que as pessoas não querem as mesmas coisas ao mesmo tempo e que isto e aquilo e yada yada. Mas deixem o Mantorras jogar!!! Se não querem cortejar, deixe-se cativar. Se não querem mexer-se, deixem-se seduzir. E se estiverem a gostar, assumam e retribuam. Ofereçam o puderem. Mas, por Zeus, guardem as conisses várias para outras batalhas. Que isto não precisa de ser guerra alguma.