02
Ago06
Sissi Responde - A Vizinha
sissi
Tenho uma vizinha histérica que quando está na cama com o seu respectivo adora fazer-se ouvir, independemente de ser terça ou sábado, uma ou três da manhã, Verão ou Inverno. Não raras vezes, sou acordada a meio da noite com as palavras e gemidos estridentes da maluca. E logo eu que quando sou acordada abruptamente tenho enorme dificuldade em voltar a adormecer.
A única solução será mesmo vender a casa? É que já tentei fazê-la perceber que é inconveniente, mas ela não vai lá... ou não lhe apetece ir. Isto pode parecer brincadeira mas não é, para mim está a tornar-se um drama porque para trabalhar bem durante o dia preciso de uma boa noite de sono, aliás como toda a gente. Fazer-lhe exactamente o mesmo está fora de questão porque o pudor e o não querer descer ao mesmo nível nos impede. Digo-lhe directamente na tromba quando a encontrar na escada? Vou lá tocar quando estiverem no desassossego? Que mau...
Ajude-me Sissi, antes que lhe dê um berro do meu quarto para o dela: "Fode mais baixo!!!" É que já tossi, espirrei, ladrei, bati com as portas, disse-lhe por eufemismos mas nada! Fico a aguardar uma ideia original tanto quanto possível para fazer face a esta situação perturbadora que se gerou.
Muito obrigada, Sissi.
Excelentíssima súbdita devidamente identificada
Estimada Súbdita,
vejo que tem um caso bicudo entre mãos. Não quer vender a casa mas também não lhe parece correcto ter a banda sonora de um filme porno constantemente nos seus ouvidos. Percebo-a. Porém, invejo-a. Adiante.
Se a coisa a incomoda verdadeiramente, não vejo outra opção que não a frontalidade. Os exibicionistas não percebem subtilezas. Estão demasiado ocupados a maravilhar o mundo para se darem conta que, se calhar, o mundo não quer saber deles para nada. Assim sendo, proponho que seja debatido o assunto na próxima reunião de condomínio, como quem discute a pintura do prédio ou os canos rotos da vizinha do terceiro esquerdo. Já que eles parecem gostar de público, exponha-os ao público-mor. Debata com eles um horário a partir do qual poderão gemer e relinchar. Tipo, segundas, quartas e sextas até à meia noite, terças e quintas até às 11. Sábados até às duas da manha e descansam ao domingo. Abra o assunto à discussão dos restantes condóminos, coloque-o em acta mas não de forma ressabiada. Torne a questão tão importante como qualquer outra e faça com que entendam que os seus esforços decorrem do bom funcionamento e aplicação de regras de conduta social.
No fundo, envergonhe-os, se conseguir.
Se nada disto resultar, muna-se da sua maior cara de pau e bata à porta, com bastante força, enquanto estiverem em pleno acto. E quando abrirem, estenda-lhes dois gags. Um para cada um.
Espero tê-la ajudado.
Muito obrigada.
Sissi
A única solução será mesmo vender a casa? É que já tentei fazê-la perceber que é inconveniente, mas ela não vai lá... ou não lhe apetece ir. Isto pode parecer brincadeira mas não é, para mim está a tornar-se um drama porque para trabalhar bem durante o dia preciso de uma boa noite de sono, aliás como toda a gente. Fazer-lhe exactamente o mesmo está fora de questão porque o pudor e o não querer descer ao mesmo nível nos impede. Digo-lhe directamente na tromba quando a encontrar na escada? Vou lá tocar quando estiverem no desassossego? Que mau...
Ajude-me Sissi, antes que lhe dê um berro do meu quarto para o dela: "Fode mais baixo!!!" É que já tossi, espirrei, ladrei, bati com as portas, disse-lhe por eufemismos mas nada! Fico a aguardar uma ideia original tanto quanto possível para fazer face a esta situação perturbadora que se gerou.
Muito obrigada, Sissi.
Excelentíssima súbdita devidamente identificada
Estimada Súbdita,
vejo que tem um caso bicudo entre mãos. Não quer vender a casa mas também não lhe parece correcto ter a banda sonora de um filme porno constantemente nos seus ouvidos. Percebo-a. Porém, invejo-a. Adiante.
Se a coisa a incomoda verdadeiramente, não vejo outra opção que não a frontalidade. Os exibicionistas não percebem subtilezas. Estão demasiado ocupados a maravilhar o mundo para se darem conta que, se calhar, o mundo não quer saber deles para nada. Assim sendo, proponho que seja debatido o assunto na próxima reunião de condomínio, como quem discute a pintura do prédio ou os canos rotos da vizinha do terceiro esquerdo. Já que eles parecem gostar de público, exponha-os ao público-mor. Debata com eles um horário a partir do qual poderão gemer e relinchar. Tipo, segundas, quartas e sextas até à meia noite, terças e quintas até às 11. Sábados até às duas da manha e descansam ao domingo. Abra o assunto à discussão dos restantes condóminos, coloque-o em acta mas não de forma ressabiada. Torne a questão tão importante como qualquer outra e faça com que entendam que os seus esforços decorrem do bom funcionamento e aplicação de regras de conduta social.
No fundo, envergonhe-os, se conseguir.
Se nada disto resultar, muna-se da sua maior cara de pau e bata à porta, com bastante força, enquanto estiverem em pleno acto. E quando abrirem, estenda-lhes dois gags. Um para cada um.
Espero tê-la ajudado.
Muito obrigada.
Sissi