23
Jul06
O Pinga-Amor
sissi
Continuando a desfolhar o catálogo dos machos, passo de um quase repelente para um quase favorito. O pinga amor. Também chamado de D.Juan, o pinga-amor é um espécime que tem um lugar especial no meu coração de princesa. Fruto de recalcamentos e medos vários, este macho tem, regra geral, bom íntimo. Qual cão de Fila, fareja o rasto da Mulher e possui o condão de transformar qualquer odor em feromona.
Laborioso, verborreico, o pinga amor é um amor. É impossível não gostar dele, não sorrir com os chistes e piadas bem metidas, com o seu sorriso matreiro carregado de boas e más intenções... Os seus dias são cheios porquanto o mundo está cheio de mulheres. Mais que gostar delas, venera-as, admira-as, estimula-as. O pinga amor pode ser o nosso melhor amigo e o nosso pior pesadelo. É difícil escapar aos encantos deste macho. Quando apenas amigo, dá-nos dicas sobre como interagir com outros da sua casta, pede-nos conselhos para melhor saber viver com o objecto de sedução do presente e chora no nosso colo se a musa inspiradora do dia decidiu não reparar na sua sombra. Chora, obviamente, até à manhã seguinte. Porque musas há muitas e os tempos não estão para grandes contemplações românticas.
Como já referi, eu gosto muito dos pinga-amores porque contribuem para que a minha vida seja mais colorida e plena de riso. Não podemos, obviamente, confiar no seu afecto como uma constante, mas enquanto olham apenas para o nosso lado, fazem de nós verdadeiros objectos de adoração e contemplação. As maiores, melhores, mais bonitas, mais elegantes, mais inteligentes. Deixamos de ter um nome e passamos a ter apenas um prefixo: Mais. Mais tudo.
E depois, um dia (há sempre um dia) que deixamos de ser as Mais e passamos a ser apenas «uns amores», «umas queridas», mas já menos amores e queridas que ontem...porque uma outra querida ou um outro amor se cruzou com o nosso pinga amor que foi fazer poesia para outras paragens. Nós ficamos desconsoladas e sensaboronas durantes umas semanas, é certo, mas continuamos sem conseguir resistir ao charme juvenil do pinga amor. Uma vez aqui, aconselho a mudança de registo. Tomem-nos como amigos, por muito dura que seja a ressaca da falta do seu estímulo e da sua atenção.
São pouco fiáveis como homens, mas muito calorosos como amigos.
Uns queridos e uns amores, no fundo...
Laborioso, verborreico, o pinga amor é um amor. É impossível não gostar dele, não sorrir com os chistes e piadas bem metidas, com o seu sorriso matreiro carregado de boas e más intenções... Os seus dias são cheios porquanto o mundo está cheio de mulheres. Mais que gostar delas, venera-as, admira-as, estimula-as. O pinga amor pode ser o nosso melhor amigo e o nosso pior pesadelo. É difícil escapar aos encantos deste macho. Quando apenas amigo, dá-nos dicas sobre como interagir com outros da sua casta, pede-nos conselhos para melhor saber viver com o objecto de sedução do presente e chora no nosso colo se a musa inspiradora do dia decidiu não reparar na sua sombra. Chora, obviamente, até à manhã seguinte. Porque musas há muitas e os tempos não estão para grandes contemplações românticas.
Como já referi, eu gosto muito dos pinga-amores porque contribuem para que a minha vida seja mais colorida e plena de riso. Não podemos, obviamente, confiar no seu afecto como uma constante, mas enquanto olham apenas para o nosso lado, fazem de nós verdadeiros objectos de adoração e contemplação. As maiores, melhores, mais bonitas, mais elegantes, mais inteligentes. Deixamos de ter um nome e passamos a ter apenas um prefixo: Mais. Mais tudo.
E depois, um dia (há sempre um dia) que deixamos de ser as Mais e passamos a ser apenas «uns amores», «umas queridas», mas já menos amores e queridas que ontem...porque uma outra querida ou um outro amor se cruzou com o nosso pinga amor que foi fazer poesia para outras paragens. Nós ficamos desconsoladas e sensaboronas durantes umas semanas, é certo, mas continuamos sem conseguir resistir ao charme juvenil do pinga amor. Uma vez aqui, aconselho a mudança de registo. Tomem-nos como amigos, por muito dura que seja a ressaca da falta do seu estímulo e da sua atenção.
São pouco fiáveis como homens, mas muito calorosos como amigos.
Uns queridos e uns amores, no fundo...