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cenas de gaja

11
Jul06

Cenas de Gaja

sissi
Se há casamento unido e bem sucedido é o que juntou o alcóol e os telemóveis. E em querendo ver um threesome bem esgalhado é misturar-lhe esse bicho raro, que tem tanto de fascinante como de carinhosamente palerma, de seu nome Mulher.

No mundo fascinante das mulheres, não é só a combinação saldos e cartão de crédito a única potencialmente geradora de mais estragos que o míssil coreano apontado aos calcanhares americanos. Não. Durante uma noite de copos, há sempre aquele momento seminal em que os responsáveis das operadoras telefónicas agradecem aos anjinhos pelo emprego que têm. Ou seja, precisamente aquele que a nostalgia e a tusa nos invadem e, inadvertidamente, tiramos o telefone da mala, em busca do antigo namorado ou apenas de alguém com quem nos tenhamos cruzado nos lençóis a determinada altura da vida. Claro que sabemos que aquela cruzada não vai a lado nenhum, mas, ainda assim, aceitamos lá voltar outra vez.

Depois de feita a triagem inicial, eliminados uns e colocados outros no saco, o festim começa. E a partir do momento em que enviamos a primeira mensagem, tudo é possível. It´s all down hill!! Obviamente que somos mais expressivas e expansivas, o alcóol tem essa capacidade, como sabemos, de dar corda a mortos e enterrados. E desde a sms inquisitiva «Onde andas?» à calorosa no género «Estou com saudades...», esta claramente a mandar a bola para o lado lado do campo, ou à explícita «Estou com tusa, já te fodia», há de um tudo. Mais telegráficas, menos descritivas, mais ou menos perceptíveis, nós gajas gostamos disto. Quando os copos já abundam no sangue e no espírito, o bip bip da mensagem é como uma caixa de música. Podemos ficar a ouvi-los a noite inteira.

Obviamente, ímpetos destes têm consequências. Cabrões que passam a objectos de desejo, sacanas egoístas que embalamos juntamente com os copos de vinho, ainda que apenas por uma noite, podem fazer mossa no calendário logístico diário. Porque, por vezes, sem querer, densenterramos machados de guerra enterrados em territórios que já tinham a nossa bandeira.

Ainda assim, e não querendo ser hipócrita, é práctica que me dá um gozo enorme. Imaginar a cara de idiota dos idiotas - sim, porque dos «bons» não guardamos memória nem números de telefone - a receber textos e subtextos de quem, em estado normal, nem olha na sua direcção.

Fantástico...
:-)

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