06
Out04
Isn´t he lovely?
sissi
Depois de ter desistido de lutar contra a insónia provocada pela matiné de sono, agarrei-me à televisão como se não houvesse amanhã. Já tinha visto a Quinta das Celebridades, duas vezes, e , como tal, rido a bom rir... A série dos médicos na SIC Gaija já tinha acabado e estava a entrar em delirium tremens por ter estado a ver pela terceira vez o episódio da Judge Amy, quando inicia esse grande programa, «Oprah», dessa não menos grande senhora, posso mesmo dizer a nova Amália da Tv americana, Oprah Winfrey. Já preparadinha que estava para me fustigar com o drama, a tragédia, o horror que as Tv's insistem em levar-nos a casa, quando me apercebo que o programa de ontem era sobre o Mestre (não, não estou a falar do Almodôvar, mas do Mestre dos Mestres): Stevie Wonder.
Com a décalage que se impõe a grelhas de programação terceiro-mundistas, como é o caso da SIC Gaija, o Master estava na Oprah (pensem o que quiserem...) para lançar, em exclusivo, o seu último álbum, A Time do Love, que na «vida real», saíu há uns bons meses...
Seja como for, Stevie Wonder é o máior, é o Master e músico mais brilhante de todos os tempos. Para além de tocar todos os instrumentos da sua banda (ao vivo toca apenas piano, mas nas gravações toca todos os instrumentos, dah!), mantém ainda a voz cristalina e um funk que só vislumbramos, amiúde, nesta nova geração de RnB's, por ele claramente influenciados. A juntar à sua genialidade técnica e vocal, o Master é ainda dotado de um sentido de humor invulgar e de uma espiritualidade muito sui generis.
Thanx Stevie!