Sissi na FHM - Ano Novo, Foda Nova
Sempre gostei de adágios populares. O povinho tem uma sabedoria única e muito particular e sabe sempre como inventar expressões que têm tanto de verdadeiras como de bestialmente foleiras. A época festiva cujos resquícios ainda vivemos é pródiga em dar à estampa uns tantos dizeres que nos fazem sentir, subitamente, parte do povinho, logo, detentores do nosso quinhão da referida sapiência que gostamos de sentir que temos. E se calhar temos mesmo.
Janeiro faz-me sempre lembrar a frase «Ano Novo, Vida Nova». Porque é optimista, porque nos faz pensar em renovação e porque temos sempre a oportunidade de melhorar ou dar especial atenção a áreas que a merecem. E se há coisinha que requer o nosso olho microscópico é o sexo e tudo o que fazemos com ele. Passou um ano, e muitas quecas depois é bom olhar para elas e perceber se são para continuar nos mesmos moldes, ou se urge encontrar novas formas de interacção grelame. Se gostamos do menu que servimos ou se mudamos de iguarias e expandimos a nossa própria gastronomia.
E não ousem, súbditos deste palácio de esbórnia, tratar este assunto delicado com a mesma souplesse com que tratam todas as outras resoluções de ano novo: mentindo com todos os dentes da frente. Nem pensar. Mas para que vocês não se sintam sozinhos nesta demanda, a vossa princesa favorita, que sou eu, vai ajudar-vos com umas ideias preciosas.
1 – Aprendam o significado de espontaneidade e apliquem-no na cama. Ou fora dela. Que é o mesmo que dizer que compreendo que os afazeres diários ditem, por vezes, que o planeamento sexual é necessário. Mas soltem-se e permitam-se a uma queca inusitada, uns beijos apaixonados quando menos se espera ou apenas a uns apalpões entre a cozinha e a casa de banho. O «repentismo» faz maravilhas…
2 – As posições sexuais são muitas e são para ser usadas. Bem sei que a missionária, canzana e grelame em cima fazem as nossas delícias por várias razões. Mas, por vezes, uma pequena variação é quanto basta para nos reinventarmos.
3 – Tal como as posições, também a cama ganha a preferência da maioria. E entende-se. Mas quando saímos dela e nos sentamos à mesa, não necessariamente para jantar, há todo um cenário que muda e se apimenta. Melhor: quando saímos de casa e nos aventuramos em locais públicos, somos invadidos por uma sensação de aventura que nos torna, subitamente, mais disponíveis para o acto.
4 – O sexo tem esta particularidade de ser tão importante na prática como na teoria. É importante que falem do assunto, sobre o que querem, como querem, quando querem, porque querem, enfim, todo um mundo de possibilidades que poderá levar ao verbalizar de intenções que pode ser muito, muito apelativo…
5 – Entreguem-se à novidade e explorem-se mutuamente. Sejam ousados, arrisquem, sem medos, porque o sexo pode, e deve, ser vivido sem constrangimentos.
Palavra de Sissi.