Efémeride
Hoje é Dia Internacional do Orgasmo.
E acho que não preciso de dizer mais nada.
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Hoje é Dia Internacional do Orgasmo.
E acho que não preciso de dizer mais nada.
Chegaram as férias, estimados súbditos. Aquela época do ano em que nos borrifamos ainda mais para o trabalho, em que as nossas pupilas estão mais alerta, os mangalhos voltam à vida dentro de calças de tecido fino e as saias e os decotes espelham a vontade de umas quecas estivais ante o advento da canícula. É o Verão, meus senhores, no seu esplendor máximo.
E se o resto do ano não necessita de razões para o engate e actividade vária, o Verão quase obriga ao entabular de planos de acção para que o espalhar da semente se dê. Afinal de contas, o gajame é tanto e tão bom que até parece mal não aproveitar os vestidos leves e as mamas que teimam em espreitar e soltar-se dos espartilhos femininos. Os locais de veraneio estão cheios de feromonas prontas a serem engarrafadas e consumidas depois de estimuladas. E como sempre, nestas alturas importantes da vossa vida, em que o que mais ordena é queca plena, cá está Sissi e a Bíblia, prontinha para vos ajudar a sacar grelame em tempo de férias.
Antes de tudo, independentemente do destino de férias que escolherem, perscrutem por entre as hordas de pessoas que escolheram o mesmo, qual o grelame que viaja em grupo. Essas são sempre mais fáceis de abordar porque, como se sentem acompanhadas, sentem-se também mais seguras em sacar um macho para degustação. Uma vez definido o alvo, há que ter tino, ser nobre e agir como um gentleman, sobretudo na expectativa criada. Não inventem histórias de amor para mandar umas na praia. É feio e muito porco. Pode dar-se o caso de encontrarem grelame mais moderno que só procura sexo e se borrifa no resto, mas confiem em mim. São raras. Muitas de nós ainda confundimos a beira da estrada com a Estrada da Beira e um caso de sexo rapidamente passa a um caso de amor, com casamento e filhos à mistura. Por isso, sejam claros e digam ou mostrem ao que vão.
O melhor local para encontrar disponibilidade vária em locais de veraneio é, obviamente, a praia. E porque ainda para aí muito grelame desconfiado, o melhor será arranjar manobras de diversão que vos façam aproximar com algum charme e sem parecerem demasiado desesperados. Por exemplo, peçam-lhes para tirar uma fotografia ao vosso grupo de amigos, ou mandem com cuidado a bola para o pé da toalha delas e sorriam de todas as 20 vezes que a forem buscar. O grelame adora esse tipo de cena de filme de adolescentes.
E quando conseguirem chegar á fala com elas, duas coisinhas: não as convidem para um café. Ir à bica é muito anos 80…Sugiram um jantar, mas não as levem a comer hambúrgueres. Se querem fazer a coisa à séria têm de se destacar dos outros, acrescentar valor ao engate alheio. E durante o repasto, tentem ser divertidos e evitar conversas pesadas. Ninguém quer saber dos dramas, das tragédias e da namorada que ficou em casa… Curtam, divirtam-se, sejam claros e honestos e, claro, USEM PRESERVATIVO.
...o que é que o machame deste Palácio acha dos lábio vaginais carnudos? O grelame também se pode manifestar. Mas façam-no com propriedade. Que é como quem diz , façam-no se já comeram um pipi ou outro. Ou assim.
Ora, estava eu aqui refastelada no sofá do Palácio, quando me dá umas fomes incontroláveis (são várias ao mesmo tempo, de intensidades diferentes), daquelas que a pessoa percebe que tem que ingerir 3000 calorias naquele momento ou morre. Pensando nisto e andando ao mesmo tempo, dirigi-me ao off license do outro lado da estrada, que é, provavelmente, a loja com o odor mais insuportável que existe, uma mistura de doninha e ratos mortos no sovaco, que me faz conter o ar ao entrar e treinar para os campeonatos de apneia enquanto faço compras.
Ontem, enquanto pagava 3 pacotes de batatas fritas e dois chocolates, tive o seguinte diálogo, cuja personagem masculina deverá ser lida com forte sotaque do Afeganistão (eu sei que vocês conseguem, vá) e a feminina, que para os mais distraídos, sou eu, deverá ser escutada com se de uma (modesta) encantadora de serpentes se tratasse.
Rapaz simpático com pavor de água: Can I ask you a personal question?
Sissi: Sure. Ask away.
RSPA: Are you sure?
Sissi: Well, you can always ask and then I'll see if I answer.
RSPA: What do you do when you´re hungry?
«Ui, que isto vem aí história da boa» - pensei, acto contínuo.
Sissi: I eat
RSPA: What do you do when you want to have sex?
Aqui achei que não íamos ter tempo para grandes contemplações geo-estratégicas sobre o que faço quando me apetece foder, maneiras que respondi, sem delongas, da forma que se impunha.
Sissi: I have sex.
RSPA: Yes! Yes! - aos berros tais que ainda pensei que estivesse a ter um orgasmo - I have a problem. My wife is in Afghanistan and I´m here.
E dizia isto a olhar muito fixamente para mim como se isso me fizesse despir e fodê-lo logo ali.
Sissi: And?
RSPA: I´m looking for someone to have sex. But I don´t want to pay, I want the person to come to my room, talk to me, I will cook jhfjdhkshfkdh (não percebi o prato tradicional, mas pela expressão na cara do senhor deve ser o equivalente a uma Mão de Vaca com Grão ou a uma Mioleira, ou assim), and we talk. But everybody I ask is already commited.
Sissi: So, you want a girlfriend?
RSPA: Yes. Do you know someone?
Sissi: Well, I´m fairly new to the country too, but I´ll ask around and I´ll let you know.
RSPA: Oh, you´re new here? Do you live alone? Do you have a boyfriend? Do you want to have sex with me? - assim, de rajada.
Sissi: I´m flattered, but I can´t help you. I live around the corner with my boyfriend and we´re about to get married.
E assim que lhe digo isto, a alminha sai detrás do balcão e prostra-se, literalmente, aos meus pés, desfazendo-se em desculpas em afegão, ou então estava a dizer que eu era uma vaca, uma provocadora, uma destruídora de lares. Mas pareceram-me desculpas.
No final, saí com o compromisso de encontrar uma namorada para este senhor e com uma caixa de chá de presente pelo incómodo causado. Por isso, meninas, quem quiser compromisso sério com jovem doninha, favor contactar o palácio. Este homem precisa de vocês. Claramente, precisa que lhe deêm banho. Be kind.
Sendo que dormi hora e meia e já trabalho há umas horas valentes, sinto-me trespassada de cansaço, com aquela sensação que me vai subir um gómito à boca a qualquer instante. Neste estado, o Benfica até pode ganhar ao Sporting que o meu mundo interior não mexe uma palhinha. Digo e faço coisas sem nexo, como por exemplo, dar uma passa na caneca de chá e beber um pouco do cigarro. Das duas uma: ou me dão com uma moca de picos na cabeça ou me comem por trás. À bruta.
Isto tudo para dizer que estou a adorar os comments do post anterior. Já muito me ri. Mas hoje vamos ter que fazer melhor, pequeninos. Está bem? Estou quase catatónica. Quem quer ajudar a acordar a Sissi?, Hein? Quero ouvir! Hein? Não tou a ouvir...vá...um, dois, três...
Tenho dias. Ora ouço e leio merdas que não lembram ao caralho, ora renomeio o mainstream. Bipolaridades. Ultimamente, ando para lá do comum. Não sei se é por estar fora, ou se porque a portugalidade me está mais entranhada do que eu gostaria, o certo é que canto a gosto, pela casa fora, melodias que fazem encarquilhar os tímpanos de qualquer intelectual que se preze. E como não tenho pejo nenhum em assumir esta parte de mim que é labrega, aqui vão algumas músicas que ando a ouvir em repeat:
Gutto e as Gémeas - Às vezes
Milénio - uma muito lamechas cujo nome me escapa...
Marco Paulo - todas as mais antigas
Non Stop - À minha maneira (não confundir com os Xutos e o hino do CR9...)
Excesso - uma outra muito lentinha da qual desconheço, igualmente, o nome...
E mais umas quantas assim labregótas cujo título e autor não retive.
Exorto-vos a fazer o mesmo, vá. Tá a malta toda a desvendar os seus segredos!! Upa!
Ainda não falei aqui do Michael Jackson porque, de facto, ainda não acredito bem que ele tenha morrido. Apesar de eu não ser dada a idolatrias nem posters na parede, o tipo era, by far, o artista que mais admirei e ao som de cujas músicas cresci.
Vi-o há muitos anos em Paris e essas memórias já ninguém mas tira. Nem o bilhete para o primeiro dia de concerto em Londres que me esmifrei para comprar e sobre o qual dispenso o refund. Adoraria tê-lo conhecido e ficar-lhe-ei eternamente grata pelas horas em que me fez dançar e cantar.
Espero que esteja bem, sejá lá isso onde fôr.
Ofereço-vos a minha old time favourite:
http://www.youtube.com/watch?v=Pjzer9dUWmg&feature=related
PS: se quiserem comentar, poupem-me da história da suposta pedofilia.
Vou ter um momento Cristiano Ronaldo. Quem quiser ouvir esta minha voz de cana rachada a dissertar sobre pornografia, à conversa com duas actrizes e um actor porno, favor sintonizar a RTP 2, hoje à noite, no Programa de Fernando Alvim, «5 para a meia-noite».
Que maravilha. Vai ser tão bom. Não serão 80 mil a gritar o meu nome mas eu vou sentir-me como se fosse, que é o que interessa.
Ora vão lá ouvir e depois venham cá contar.
Bom, e por falar em gente estúpida, e o que me dizem do coro de velhas que se insurge contra a pipa de massa que pagaram pelo Cristiano Ronaldo? Que é imoral, que dava para construir 1326 escolas e 7354 hospitais, que a crise não está para semelhantes valores e, a minha favorita, que é uma falta de pudor.
Ora, parece-me que o valor da transferência do Ronaldo só é estes miminhos todos porque não foi parar ao bolso de cada uma das alimárias que abriu a boca para arrotar aleivosias destas. Na realidade, o que escora este pensamento mesquinho, não é a preocupação com o estado do mundo ou a circulação do dinheiro. É um sentimentozinho, uma coisa que pica as solas dos pés, uma invejazinha peçonhenta que, na boca dos visionários, dos treinadores de bancada e dos que passam a vida a rezar pelo insucesso dos outros, vira salmo e palavra de Zeus.
Mas o que me deixa mesmo fodida, é o argumento de que o puto é um labrego, e que a família isto e aquilo, e que, aqui d'el rey, tanto dinheiro mal empregue. De uma assentada, mostram que são, obviamente, os donos do gosto e grandes gestores de fortunas. O que não mostram é como chegam lá. Como é que passam de gente anódina e anónima que passa o dia em cima do muro à espera do tropeço alheio para alguém respeitado, apreciado e, pasme-se, principescamente pago por isso.
Como é óbvio, eu também acho que há por aí muitos Cristianos Ronaldos a quem não é dado o devido destaque. Pessoas que salvam vidas, acham a cura para doenças que nos podem matar, ajudam o próximo e enchem, verdadeiramente, o mundo de heróis. Mas, não me fodam, não é porque o puto «só» dá uns pontapés numa bola que se pode ficar indiferente ao facto de ter enchido uma estádio com 80 mil pessoas para o ver. Quem consegue este nível de entendimento colectivo tem o meu respeito e a minha undivided atention. Faça o que fizer.
Quanto aos outros...felizmente desses não reza a história. Felizmente.
E pronto. Basta um post a glorificar as minhas curvas que saem logo debaixo das pedras os insultos da ordem. Ora vamos lá a ver uma coisa:
Se procuram um blog taciturno, cinzento e pedinchão, caso não se tenham apercebido, estão no lugar errado. Se querem melancolia, saudades do tempo perdido e do outro que nunca mais vem, do que podia ter sido e do que nunca será, enganaram-se a digitar o nome no teclado.
Aqui vive-se bem. E viver bem implicar aceitar o que se tem, de bom e de mau. O que me fode o juízo, é que se eu viesse aqui postar textos de coitadinha, de desgraçada de mim que sou uma infeliz, não faltariam as pancadinhas nas costas dos supostos amigos a quem nunca vi a fronha e com quem nunca troquei verbo. Se aqui viesse expor as minhas maleitas, abrir a alma e dar-me à morte, auto-fágica e depressiva, tinha por aí mails solidários e generosos, a oferecer a mão amiga e um ombro para chorar.
Mas não. Como sou uma gaja bem disposta, contentinha com a vida que tem, sobretudo porque trabalho cómó caralho e tudo o que tenho me sai do pelo, recebo mimos destes. E porquê? Porque comentei um episódio onde referi as minhas qualidades, neste caso, físicas. Espera-me a fogueira da blogosfera. As minhas curvas, as minhas mamas e a minha carinha laroca não se comprazem com a tristeza e os maus vinhos que por aqui pululam.
Juro que há dias em que me apetece acabar com isto. Mas este não é um deles.