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cenas de gaja

08
Abr08

O mundo de pernas para o ar...

sissi

O advento do homem moderno trouxe-nos nomenclaturas, ideários e comportamentos novos que ainda hoje deglutimos. Ao contrário dos nossos pais e avós, aos homens de hoje é-lhes dada uma margem de manobra emocional e estética cujo lastro compreende balizas ainda por explorar. Todas nós já suspirámos ou exasperámos perante questões pouco nítidas que são mandadas para o ar como evidências cristalinas.

 

Estas mudanças, a quem os mais prosaicos chamam de modernices, revestem-se de cores mais ou menos chocantes, mais ou menos compreensíveis, mais ou menos aceitáveis. Ora, sem querer ser déspota, mas já sendo, que caralho ver a ser este novel estado de espírito sexual conhecido como «hoje não me apetece foder»?

 

What? Homessa! Que é lá isso? Mas desde quando é que aos homens não apetece foder? Por acaso o dia virou noite? O branco agora é preto? Não, pois não? Então não há cá merdas! Apetece foder sim! Mais um bocadinho dizem-se atacados por enxaquecas (ironia homófona...) e fingem orgasmos. Com mil Diabos!

 

O que aconteceu aos tempos felizes em que só precisávamos de abrir as pernas? Para onde foram os homens à séria? Aqueles que se excitavam com a ideia de estarem excitados, que citavam a Tabela Periódica se isso fosse passaporte imediato para uma foda, fosse ela qual fosse?

 

Desde quando é que aos homens lhes deu para o sentimento quando o assunto é foda? Não sei em que estágio do desenvolvimento masculino lhes foi permitido arrecadar prerrogativas femininas. Não sei quem autorizou, concordou e anuiu mas proponho que nos unamos em torno desta grande luta.

 

Não apetece foder...pfff...

 

 

04
Abr08

Como se não bastasse o heat natural, o Universo ainda conspira a meu favor. E eu gosto.

sissi

Entre os dias 04/04 (hoje) às 0h e 22/04 às 15h, o planeta Marte estará formando um ângulo harmonioso em relação ao planeta Vênus do seu mapa astral, Sissi. Este tende a ser um período particularmente positivo para o sexo, o prazer, uma fase em que você provavelmente sentirá que está irradiando um magnetismo pessoal maior, e de fato estará... Convém aproveitar o momento, circular mais, fazer-se ver, exibir-se um pouquinho não faz mal ninguém, afinal de contas.

O magnetismo pessoal irradiado neste momento vai bem além da mera esfera sexual, entrando em todas as suas áreas sociais, do trabalho às amizades. As pessoas estarão percebendo em você um "tesão maior" para fazer as coisas, uma percepção de que você estará tendo mais prazer em viver a vida. E você, é claro, poderá contaminar positivamente os outros com esta qualidade, neste momento.

 

Maneiras que agora é que isto está bom.

Bom fim de semana.

Enjoy!

 

03
Abr08

Sissi Responde - A Piça

sissi

Tenho uma relação fantástica com uma mulher mais velha.

Devido à fisionomia da minha coisa e devido à educação que ela teve e muito provavelmente aos dois divórcios pelos quais já passou e que lhe levantaram uma série de receios e complexos, a relação sexual entre nós não funciona, ou seja, ela não admite outra coisa que não seja fodê-la da forma clássica. Eu até sou um gajo lavadinho, mas não há broches para ninguém, anal é para esquecer…..Picha na cona e mais nada…

Aqui levanta-se um problema. Talvez devido ao “excesso” de lubrificação dela, a minha coisa “entra e sai” sem dar por isso, o que obviamente, não havendo fricção, leva a que perca a tesão num instante e à consequente conclusão antecipada da pseudo-festa.

 

Perante este cenário, só vejo duas soluções:

Ou aumento a picha para que ela entre bem apertada e assim me proporcione mais prazer, o que não é fácil e não se faz de um dia para o outro;

Ou elimino a quantidade de lubrificante natural para que as coisas rocem doutra forma e meto areia na engrenagem;

ou então passo a ir-lhe ao cu, mas ela não deixa.

 

Pode dar-me outras soluções?

Súbdito Devidamente Identificado

Estimado Súbdito,

Pela primeira vez não tenho o que dizer e vou munir-me da sapiência de quem nos estiver a ler à laia de contribuição caridosa.

Na realidade, não vejo outra opção que não desbloquer os medos e receios da sua grande querida o que, convenhamos, é bem mais fácil e menos radical que fazer enxertos no marsápio.

O passado é uma coisa pesada com a qual viajamos. Mas não é uma fatalidade. É uma escolha. Escolhemos ser vítimas de acontecimentos a vida inteira, muitas vezes, para legitimar a falta de vontade em andar para a frente. E outras vezes escolher libertarmo-nos deles e perceber que o mundo não conspira contra nós.

Se a sua parceira não perceber isso, será complicado fugir ao padrão «piça na cona». A penetração não é a única forma de prazer e há todo um mundo por descobrir.

Ainda assim, exorto Súbditos com semelhante experiência a «botarem palavra».

 

Disclaimer: Este consultório não é profissional, como imaginam. Aqui não se resolvem problemas, conversam-se. O que terá apenas a importância que cada um de nós lhe der. As questões serão respondidas por ordem de chegada, todas as quintas-feiras. Missivas para aqui: princesa-sissi@sapo.pt

01
Abr08

Big deal

sissi

Não sei se viram no Domingo passado a reportagem da SIC, estranhamente denominada «Donas de Casa Desinibidas», que versava sobre a forma como as mulheres, em bandos, decidem matar a curiosidade sexual.

 

De facto, a SIC decidiu descobrir a pólvora e entrevistar duas senhoras da Mala Vermelha, que fazem demonstrações de brinquedos sexuais ao domicílio, logo, longe dos olhares e juízo alheio, bem como umas outras do um espaço em Campo de Ourique, exclusivo a mulheres.

 

Registei, sem apreço, que, de facto, a foda faz rir, já que toda a reportagem foi perfumada com gargalhadas e palavras acabadas em «inho», como se estivessem a falar da Barbie ou de brinquedos do Toys´r' Us. «Este vibradorzinho tem grande saída...» Blhéq!

 

Também gostei de saber que na Mala Vermelha «não se vê nada de Porno ou sexual. Só situações eróticas...» Alguém lhe explique que faz tudo parte do mesmo universo, por favor, e que lhe diga que o Erotismo não é exclusivo do sexo feminino, da mesma forma que a Pornografia não é beneplácito dos homens. Puxar para nós o «sexo light» é permanecer na falácia de que não fodemos, só fazemos amor e perpetuarmos esta visão dual e infantil da coisa.

 

Pérolas como «aquilo já não está, foi-se» saída da boca de alguém que mostra e demonstra artigos sexuais é o equivalente à linguagem dos bebés: ridícula e imperceptível.

Da mesma forma que me parece pueril que a frase «descrição é a palavra de ordem» seja dita à saciedade de cada vez que tentam justificar, de forma mais que legítima, a existência da Mala Vermelha. Mas é a palavra de ordem porquê? Não digo que devam colocar neons por cima da cabeça mas esconder-se do quê? Não são demonstradoras? Enfim. Esta ideia está a par do tom usado. Assim um misto entre manicure de 3 euros e cabeleireira de 6: brejeirice para dar e vender num get together que mais parecia uma despedida de solteira.

 

All in all, deixou-me triste esta reportagem. Por perceber que, apesar destes esforços, continuamos a viver o sexo sem cor e de forma solitária. Juntamo-nos em espaços sem homens cortando a comunicação com quem mais devemos partilhar. Afinal de contas, fodemos com quem?

 

Mantemos o discurso feminino bacoco, assente na ideia do segredo que, por sua vez, potencia o cariz clandestino do sexo no feminino. Ou seja, é uma pescadinha de rabo na boca alimentada por nós. Somos modernas porque procuramos no recesso do lar e entre amigas justificação para a curiosidade e o desejo? Somos muito à frente porque discutimos entre nós assuntos naturais e normais em espaços que sabemos não ser infestado por testosterona? Big deal.

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