Já aqui escrevi sobre isto mas nunca é demais lembrar: a generosidade é das melhores qualidades do ser humano. Uns têm, outros gostavam de ter e há uns tantos que não fazem a mais pálida ideia do que isso seja. A boa notícia é que, salvo esta última casta, todos nós, em querendo conseguimos lá chegar.
Claro que não é como quem bebe um iogurte líquido de morango com chilli e pepitas de chocolate com quase 100 calorias. Não. Ser-se generoso implica trabalho e, sobretudo, maturidade, vontade de se sentir bem com o bem estar dos outros e permitir que esse facto, por si só, o faça alcançar outros patamares da existência humana. Mas cuidado com os generosos patológicos. Não que sejam perigosos, pelo contrário. São até bastante inócuos. Mas tornam-se chatinhos porque procuram dar aos outros para que os outros preencham lacunas de amor próprio cheias de eco. Ou seja, ao dar sem barreiras e desenfreadamente encontram substracto e gratidão no outros para que os possam manter por perto. E isso, não sendo uma cabala nem uma conspiração, pode ser um presente envenenado.
E falo disto porquê?. Porque de há uns meses a esta parte que recebo, via mail, todos os dias sem excepção, uma música que me é enviada por um súbdito deste palácio. Esta relação nem sequer é epistolar porque o mail traz apenas notas de música. Não vêm palavras, teorias, conceitos. É uma missiva electrónica que traz uma pauta, impregnada de bom gosto e generosidade. Damos na medida em que isso nos faz sentir felizes. E isso basta-me.
Os domingos são os domingos são os domingos. Para além de antecederem as segundas feiras, os domingos servem para uma coisa, e uma apenas: ver televisão. E foder, claro, but that goes without saying.
Ora, estava eu ontem no zapping costumeiro, entre o Sexy Hot e o Canal Odisseia, quando faço uma paragem pelo Fox Life e principio a assistir ao reality show mais estúpido do mundo. Constava em colocar à prova quatro casais azucrinando-os ao limite de se colocarem debaixo da primeira ou primeiro que aparecer. E digo isto porquê? Porque as mulheres são colocadas numa ilha com 30 marmanjões dispostos a roubarem a dignidade dos princípio feministas, e 30 marmanjonas, prontinhas a abanar o quadril e desencaminhar o mais fervoroso adepto da monogamia. Ao longo de duas semanas, a produção do programa coloca os participantes em situações passíveis de infedilidade, com muito álcool à mistura, e manipula imagens que prontamente mostra às suas caras-metade.
Claro que depois temos situações bonitas como esta:
«Janine, você acha que Leonardo a vai trair?»
«Não, eu acredito profundamente nele, tem um carácter maravilhoso e me ama muito»
E enquanto a Janine alude às virtudes do seu companheiro, essas palavras são ilustradas pelos amassos do dito a uma das «sedutoras» de serviço.
Lindo.
E eu pergunto: será que a ocasião faz o ladrão? Ou a infidelidade faz parte de nós?
Se homem prevenido vale por dois, mulher semi-lésbica vale por carradas de filmes pornográficos. Se macho sério não enfeita o frontespício da sua gaja, grelame meio gay ajuda a elevar a fidelidade a máximos olímpicos. A questão, grandes queridos, é só uma: uma mulher sexualmente ambivalente pode trazer muita alegria a um lar.
Eu sei. Eu entendo-vos meus queridos. Estão boquiabertos porque pensavam que esta princesa era pura, virgem e casta nas artes de Safo. Desenganem-se. Desde as minhas férias sexuais na Ilha de Lesbos que passei a apreciar o recorte de um bom par de mamas, o desenho de um rabo empinado e o prazer de umas mãos assertivas e sábias. Digamos que passei a entender o fascínio macho pelas iniciais CCM, ou seja, Com Calma Marchas.
FHM deste mês. Nas bancas hoje.
E o que é que a Bíblia traz mais? Traz, tão simplesmente, isto: www.fhmfevereiro.blogspot.com que é um blog, válido apenas no próximo mês, que traz os 100 melhores videos do You Tube. Ressalvo um, dentre vários muito bons: Um Dia na FHM. E porque é que é bom? Porque é um zeitgeist, renomeia e dá outra luz aos conceitos de «chauvinismo», «porcos machistas» e «narcisismo». Ah e também ilustra na perfeição a noção de «wishfull thinking»... De resto, é por isso que gostamos tanto deles.
Depois traz também a Jenna Jameson, essa boazona que fica sempre bem em qualquer casa e mais coisinhas boas, pró menino e prá menina, entre as quais a crónica de yours truly, que, como já devem ter reparado, fala dos trios. Ménages. Threesome. Three way. You name it.
Cumps
PS. o Sissi Responde volta para a semana como de costume
PS outra vez: não são rosas senhor, é o trabalho senhores que me tem mantido afastada deste holofote. Segunda feira I´ll be back.
Ele há ideias do caralho. Aliás, ele há ideias que se tivessem um caralho não lhes fazia mal nenhum. E depois há aquelas onde caralhos não entram.
Ora vem isto a propósito do Lady´s First, um hotel suíço que parece o Clube do Bolinha, mas ao contrário, ou seja, menino não entra. Aqui não há testosterona ou pelame no peito. Ao contrário, o grelame tem um conjunto de facilities (fica sempre bem um anglicismo) pensadas para a mulher moderna. A saber, depilação, massagens para a celulite, maquilhagem, entre outros presentinhos devidamente embrulhados em packs que escoram as mais variadas bolsas. Tudo bem, tudo muito bonito, modernaço e tal e eu compreendo. Agora, expliquem-me, porque carga de água, vou eu querer estar num hotel onde não há machos?!
É que até a essência do hotel fica desvirtuada, já para não falar que não se deve dormir nada bem com a galinhagem nos corredores e quartos adjacentes, que, como se sabe, as mulheres são gajas dadas à conversa. Também parece que já estou a visualizar uma saída nocturna, um travar de conhecimento com falo alheio e trau! «Nein, darling, tem que ser na tua casa que o meu hotel só aceita gajas...» Mau aspecto...
Maneiras que não sei quem foi a alminha que teve esta brilhante ideia, que servirá, certamente, muitas outras alminhas, mas Sissi, excelsa alteza e realeza da boa, prefere ambientes seleccionados e sarapintados por uma voz grossa e feromona de gajo!
"Os cristãos que vão votar 'sim' no referendo serão alvo de excomunhão automática, a mais pesada das censuras eclesiásticas", garante o cónego Tarcísio Alves, pároco há cinco anos em Castelo de Vide (Portalegre). A excomunhão automática atinge ainda "todos os intervenientes na execução do crime, como, por exemplo, médicos e enfermeiros", sublinha, enquanto consulta página a página o Código Canónico.
Excerto de uma notícia do Diário de Notícias de hoje
Não posso aceitar sem um protesto essa tua publicidade às virtudes da carne fresca. Não que eu não perceba a tua preferência. embora já há muito tempo eu já tive 20 anos e sei bem a diferença daquilo que eu fazia então ( 5 ou 6 por dia era tranquilo) e agora dá para 3 e é se for uma estreia :-) mas com toda essa tua publicidade qualquer dia não há quem pegue num velho jarreta a cair de tripeça como eu e embora eu goste muito de uma boa sarapitola gosto ainda mais de uma boa cambalhota.
Estimado Súbdito,
não há nada que me dê mais prazer que a segurança da maturidade. Uma auto-estima escorada e protegida das trapaças da vida é qualquer coisa que procuro e admiro. Se juntar a isto a generosidade, também só possível pelo exercício de se dar à vida, terá um homem aprazível aos olhos de alguém que, como eu, esteja cansada de encontrar tantos efebos mentais e reais e procure um maratonista em vez de um atleta de velocidade.
Porém, esses petit-fours tem uma vantagem imbatível. Precisamente porque a vida ainda não passou por eles, movimentam-se com a leveza de uma bagagem de mão, de um troley levezinho, o que os faz mandar-se a uma mulher madura sem a gaguez que por vezes os mais velhos possuem. Deslumbram-se mais com as nossas idiossincrasias, assustam-se menos com a forma como chegam a nós. E isso é muito atraente.
Súbdito Devidamente Identificado
Disclaimer: Este consultório não é profissional, como imaginam. Aqui não se resolvem problemas, conversam-se. O que terá apenas a importância que cada um de nós lhe der. As questões serão respondidas por ordem de chegada, todas as quintas-feiras. Missivas para aqui: sissiresponde@yahoo.com
É certo que sou uma princesa de sangue azulíssimo. É óbvio que sou uma boneca de luxo. É mais do que correcto que enquanto os outros andam eu pairo. Não há dúvidas sobre o carácter quase irreal e etéreo da minha tez alva e branca, distinta e com classe. Pois se assim é, porque caralho, quando o meu ADN estava a ser fabricado, alguém se enganou e carregou no botão da ansiedade?
É profundamente incomodativo. Um ataque de ansiedade, ou de pânico, para além do susto que provoca, é de um ridículo sem par. Hiperventilo como quem bebe uma bica, julgo-me às portas da morte, como se ela ficasse ali na esquina, e envergonho-me de seguida, com a noção de que é a única coisa que me resta fazer.
E dir-me-ão vocês: toma um comprimido, toma um Tocafé que isso passa. Passa, pois passa. Fico é com uma moca tal que quase vejo Dragões no ar e pessoas com duas cabeças. Não, não é LSD que tomo. São comprimidos para estas maleitas, coisas diz que normais, porém, a mim, princesinha habituada a poções feitas pelos mais renomados alquimistas, estas drogas modernas destinadas a doenças neo-realistas dão cabo de mim.
Ataques de Ansiedade...bah! Sou só eu ou andamos todos malucos?
Ontem, em tertúlia radiofónica com quatro outras mulheres, o tema era «Elas sobre Eles». Depois de perpassar os temas costumeiros, assolou-me o seguinte:
O que é que verdadeiramente nos distingue dos homens?
Hoje temos isto.
PS. a seu tempo nouvelles sobre quando e onde se ouvirá a emissão.