Enquanto o texto O Broche não termina no ecrã semi-escrito do meu PC, lembrei-de algumas considerações avulsas a propósito
deste post. Roubando descaradamente e sem pudor as matrizes, aqui vão algumas ideias sobre o assunto:
1- O broche é rápido
sissi - Discordo de uma forma genérica, a não ser em duas situações: se for bem feito e o parceiro não tiver um orgasmo há algum tempo, sendo que a causalidade existe e é determinante para que a primeira permita a segunda. O Broche Tal Como Eu O Entendo (BTCEOE) prolonga-se não no tempo mas no prazer. E pode, ou não, ser tanto mais prazenteiro quanto mais duradouro. Claro que existem os mínimos olímpicos, mas não apenas para o homem. Uma mulher que o faz por prazer (e não apenas para agradar o parceiro) também tem os seus. O BTCEOE dura até à fímbria do orgasmo. Para depois parar, baralhar e dar de novo. E assim sucessivamente...
2- O broche permite manter os estereótipos de submissão da mulher
sissi - sempre me questionei como seria possível considerar-se o Broche como um acto de submissão da mulher, quando é esta que tem as Jóias da Coroa do parceiro na boca... Que tipo de submissão permite à mulher controlar o «âmago» do outro? Fossem todas assim as submissões... Para além disso, esta opinião assenta na ideia de que a mulher não tem prazer quando faz um broche, ideia da qual discordo em absoluto. Pode não ter orgasmo, mas terá, certamente, o prazer de dar prazer, o que para os paladinos do «sexo sem orgasmo não é sexo» será uma ideia peregrina. Para mim, é totalmente verdadeira.
3- O broche mantém inalterada a fórmula do prazer certo do homem e prazer ausente da mulher
sissi - «prazer ausente da mulher»...medo...vide ideia supra
4- O broche permite à mulher não se despir num contexto de desconforto generalizado com o seu corpo
sissi - e os broches que são feitos em vãos de escada, por exemplo? Aqueles de fugida, sorrateiros, quase insidiosos...esses são feitos de roupa vestida (ou não, mas geralmente são-no) e não são menos gostosos pela roupa tapar a pele. Já sei que me lembrarão que a esta ideia está subjacente a ideia de «desconforto generalizado com o seu corpo», mas não consigo entender como é que um broche é feito sem que um calor bizarro nos invada desde as entranhas à película capilar, sem que as sensações nasçam dos poros, e assim sendo, como é que esta ideia emparelha com a de desconforto consigo mesma.
5- O broche permite esvaziar a ideia de intimidade entre duas pessoas ao eliminar a comunicação verbal entre elas nessa intimidade (tirando os grunhos do homem claro)
sissi - Não posso discordar mais. O BTCEOE pressupõe comunicação. Verbal, não verbal, directiva, não directiva, you name it. E da forma como sempre o articulei, o broche, o verdadeiro, nasce de uma intimidade produzida, largamente, pela amizade e entendimento. Quando isto não existe, continua a ser bom, mas não é o Real Thing.
6- O broche facilita o contacto íntimo com alguém em quem não se confia, não sendo regra geral tão traumático de fazer contrariada do que o acto sexual em si
sissi - fazer broches em quem não se confia/conhece? Never!
PS - Venham os Torquemadas! Quantos são, quantos são!? ;-)