Sexta-feira, 22 de Julho de 2005
Os Amigos de Alex # 1
Este é o primeiro de uma série de posts sobre os meus amigos. Uns mais que outros, mas à falta de melhor nome, serão todos metidos no mesmo saco, apresentanto, paralelamente, desculpas aos dois ou três que realmente o são. Para não ferir susceptibilidades (coisa muito comum nos amigos...), os homens chamar-se-ão todos João, e as mulheres, Joana. No fundo, os nomes são só partículas de tantas regras a que somos obrigados a sujeitar-nos para que possamos viver todos juntos.
A pedido da Loura, inicio com um João. Um refractário. Um tipo estranho. Não é mau gajo. Uma herança de um ex-namorado. Foi ficando. Vai aparecendo. Desaparecendo sobretudo.
Vive fora do mundo, o que até me agrada. Mas é demasiado incongruente para que isso seja sempre uma coisa boa. Na realidade, e agora que, por força deste exercício, me vejo obrigada a pensar nele, reparo que não tenho muito para dizer. Não o conheço. O nosso histórico não coincide. Julgo que as nossas matrizes também não. O que é a prova provada que às vezes é mais fácil estar com desconhecidos.
Quinta-feira, 21 de Julho de 2005
Tune in! (director´s cut)
Lembrei-me que se já existe a música «Too drunk to fuck», cuja versão dos Nouvelle Vague ganha largamente nas minhas preferências, lembrei-me (vá-se lá saber porquê...) de fazer vários fac similes de espírito contraditório...
«Too sad to write»
«Too pissed do think»
«Too fucked to fuck»
«Too scared to leave»
enfim... aceitam-se sugestões...
Sábado, 9 de Julho de 2005
Revival do Dia
A Gaja inaugura hoje a série «Revival». Na realidade isto são apenas retalhos de coisas, pessoas, livros, músicas que já fizeram sentido, que continuam a fazer, ou, simplesmente, me causam uma psoríase tal que só de falar disso já parece que me está a apanhar o braço esquerdo todo.
O Revival de hoje chama-se Rui Veloso. Entra directamente para a categoria «cantas bem mas já não me alegras». E nao fosse esta magnífica canção, estaria a mofar na prateleira da ultima categoria supra.
Jura
by Carlos Tê / Rui Veloso
Jura que não vais ter uma aventura
Dessas que acontecem numa altura
E depois se desvanecem
Sem lembrança boa ou má
E por isso mesmo se esquecem
Jura que se tiveres uma aventura
Vais contar uma mentira
Com cuidado e com ternura
Vais fazer uma pintura
Com uma tinta qualquer
Que o ciúme é queimadura
Que faz o coração sofrer
Jura que não vais ter uma aventura
Porque eu hei-de estar sempre à altura
De saber
Que a solidão é dura
E o amor é uma fervura
Que a saudade não segura
E a razão não serena
Mas jura que se tiver de ser
Ao menos que valha a pena
Sexta-feira, 1 de Julho de 2005
Síndroma do Menino Jesus
Desculpem-me os meus três leitores, mas a canícula é uma merda. Esta gaja que vos fala é movida a energia eólica e no Verão, já se sabe. Vento nem vê-lo. Maneiras que tenho estado meio prostrada, ora nas palhinhas deitada, ora nas palhinhas estendida. Sofro deste síndroma do Menino Jesus. O meu único esforço circunscreve-se ao sofá da sala e à cozinha, locais onde não se encontra um computador com ligação à net. E blá, blá, blá...