08
Fev05
Separados à nascença
sissi
O que têm em comum o fime Melinda e Melinda e uma noite passada a discutir a importância, ou não, dos signos na vida as pessoas?
A hermenêutica. Ciência subjectiva, paradoxo engraçado, que leva a que as conjunturas pessoais tenham uma importância fulcral na forma como olhamos o mundo.
Na sexta feira vi, finalmente, o novo filme do Woody Allen. Basicamente, a película mostra-nos como a mesma história pode ser uma comédia e uma tragédia para duas pessoas com olhares diferentes sobre o guião apresentado.
No sábado, estive no mui simpático Yin Yang, restaurante macrobiótico da baixa onde se come bem e se fala melhor, em amena cavaqueira sobre os signos chineses. Achei incrível como se reduziam as pessoas a meras coincidências, como a hora e data de nascimento, retirando-lhes as características que fazem delas pessoas: o serem únicas e diferentes. Esta afirmação poderá fazer de mim uma «tigreza» de gema, ou uma virginiana chapada, mas dei por mim a pensar que aquela noite só diferiu da anterior porque aquilo não era um filme...embora às vezes parecesse.
Quando leio o horóscopo, e se forem boas notícias, posso achar que aquilo é para mim. Mas se forem más, certamente que foi escrito para alguém que nasceu num decanato diferente...Vimos o que queremos, conforme as nossas aspirações e desejos, e de acordo com a matéria de que somos feitos.
E mai nada!