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cenas de gaja

08
Fev05

Separados à nascença

sissi
O que têm em comum o fime Melinda e Melinda e uma noite passada a discutir a importância, ou não, dos signos na vida as pessoas?
A hermenêutica. Ciência subjectiva, paradoxo engraçado, que leva a que as conjunturas pessoais tenham uma importância fulcral na forma como olhamos o mundo.
Na sexta feira vi, finalmente, o novo filme do Woody Allen. Basicamente, a película mostra-nos como a mesma história pode ser uma comédia e uma tragédia para duas pessoas com olhares diferentes sobre o guião apresentado.
No sábado, estive no mui simpático Yin Yang, restaurante macrobiótico da baixa onde se come bem e se fala melhor, em amena cavaqueira sobre os signos chineses. Achei incrível como se reduziam as pessoas a meras coincidências, como a hora e data de nascimento, retirando-lhes as características que fazem delas pessoas: o serem únicas e diferentes. Esta afirmação poderá fazer de mim uma «tigreza» de gema, ou uma virginiana chapada, mas dei por mim a pensar que aquela noite só diferiu da anterior porque aquilo não era um filme...embora às vezes parecesse.
Quando leio o horóscopo, e se forem boas notícias, posso achar que aquilo é para mim. Mas se forem más, certamente que foi escrito para alguém que nasceu num decanato diferente...Vimos o que queremos, conforme as nossas aspirações e desejos, e de acordo com a matéria de que somos feitos.
E mai nada!

04
Fev05

E por falar em liberdade de imprensa

sissi
Rumo à Tema para gastar os últimos dobrões da semana a deparo-me com a capa da Technikart, revista de francesa de «news, culture et société». A dita mostra-nos Michael Youn, génio da nova comédia francesa, pródigo em criar alter-egos, todos eles bons. O título que ilustra a (belíssima) foto de capa diz-nos o seguinte:
Films nuls, gags lourds, mais gros talent
Faut-il sauver le connard Youn?
Detive-me na palavra connard. A qual, em bom português, e no limite do excessivo, quer dizer filho da puta, sacana, cabrão e quejandos. Optando por uma escolha de palavras mais branda, e no limite da simpatia, connard poderá querer dizer idiota, parvalhão, tontinho, estúpido, e por aí fora.
Claro que o verdadeiro sentido da palavra só jornalista que assina a peça poderá explicar, mas, de repente, veio-me à memória os tempos em que também escrevia e o número de vezes em que me apeteceu por um título destes em determinadas entrevistas feitas a inomináveis idiotas. Enfim, fraternité, egalité, liberté e sem lápis azul...
Ora deixa cá ver a que horas sai o próximo vôo para Paris...
03
Fev05

Delírio do Dia

sissi
-´Tou?
-Sim! Olá! Está boa? Que fazes?
- Olá! Olha, estava a pensar ir ali ao Georges, no Pompidou, beber um chocolate quente com marrons. De seguida, passava pela Place Des Vosgues para rever as figuras da Niki Saint Phal e ficava por lá mais um bocadinho para que a minha cadela possa chafurdar bem pelo lago... Estava também a pensar passar pela Galimard da Rue Boubourg para ir buscar uma edição antiga da Sociedade do Espectáculo, do Guy Débord que encomendei há séculos e ainda não tive tempo para passar por lá. Se ainda tiver forças depois destes quilómetros todos, gostava de atravessar o rio para o outro lado (até podíamos ir pelos Jardins do Louvre), para ir até Saint-Germain dés Prés. Gostava de encontrar o hotel onde viveu o Cossery, que ainda não consegui identificar. Olha, já agora, podias ser uma querida e fazias-me companhia ao jantar. My treat! Faço a minha especialidade: tomates recheados e uma tábua de queijos (cortados por mim!) com um bom tinto alentejano, para matar saudades da terra.
Convenci-te?
02
Fev05

Girl n' Hood

sissi
Malucos. Normais. Agarrados. Desesperados. Mortos-vivos. Felizes. Remediados. Velhos. Ricos. Lindos. Bairristas. Felizes. Intrometidos. Genuínos. Amigos. Básicos. Inteligentes. Felizes. Novos. Bebés. Optimistas. Rezingões. Desonestos. Felizes. Pintas. Charmosos. Engraçados. Artistas. Betos. Felizes. Rastas.Crentes. Beatos. Médicos. Operários. Beatos. Cangalheiros. Felizes.
Este é o meu bairro.
Nunca o Dr. Sousa Martins supôs tamanha fauna...

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