Carta Aberta a uma Teresa da vida
Cara Teresa,
não carece tanto salsifré. Já percebi que não entendeu o ponto que tentei expressar. Não faz mal. Acontece aos melhores. Se me tivesse perguntado, eu teria respondido as vezes necessárias até ter percebido que fufedo, grelame e quejandos são apenas palavras. São o que são. Se a si lhe pesam, eu aceito. Mas no universo que aqui criei, elas são como todas as outras: servem para entreter e passar tempo. Gostava de lhe dar uma explicação mais condizente com o seu grau de indignação, mas a verdade é que não a tenho, e, seguramente, não a vou inventar.
Como também não lhe vou explicar porque razão escrevo o que escrevo. Não tenciono detalhar qual a minha orientação sexual ou quantos pipis já comi (oops...escapou-se-me) para poder brincar com o assunto. Mais uma vez, aceito que os contornos da questão a deixem levemente toldada, até tendo em conta o quão ao lado é a sua interpretação do que escrevi.
Por isso, cara Teresa, acalme-se. Em vez de mandar isso tudo para fora, olhe para dentro. Que é onde deve residir a razão de tanta angústia.
Fique bem. Ou como puder.
Cumps
Sissi