Sissi no METRO - sex toys
Querida Sissi,
Tenho 42 anos e sou solteira. Dado que não concebo a ideia de sexo por sexo, a minha vivência nesse plano passou, em grande escala, pelo uso de sex toys como forma de satisfação, sempre que não tinha namorado. Há dois meses conheci um homem maravilhoso que me arrebatou e hoje vivemos uma relação saudável. Excepto quando tento incorporar os ditos sex toys na nossa relação sexual. Ele recusa-se a aceitar por pensar que tudo o que ele me dá não me chega. Já tentei falar com ele várias vezes mas ele recusa-se a ouvir-me. Que fazer?
Cara leitora,
Explicar a um homem que o prazer a solo nos é tão importante quanto o prazer em estéreo pode ser uma tarefa complicada. Nem sempre os homens entendem que nós, mulheres, podemos ter uma sexualidade que vai para além dos limites de uma relação ou de um companheiro. A masturbação, exemplo clássico, é a melhor forma de conhecermos o nosso corpo e nos providenciarmos prazer, e é uma prática que nem sempre implica a presença de outrem. Quanto ao seu caso, fiquei sem perceber a verdadeira importância dos sex toys na sua relação íntima: usa-os porque se habituou a isso ou porque fazê-lo potencia o seu prazer? E porque razão o seu namorado se recusa a sequer falar no assunto? Há aqui detalhes importantes que faltam. No entanto, parece-me que o mais prudente será, se a importância dos objectos sexuais for, de facto, imensa, tentar perceber porque razão isso choca o seu namorado. E quando perceber isso, explicar-lhe que ambas as práticas (a sexual, propriamente dita, e a dos sex toys) só contribuem para uma vivência a dois mais plena de satisfação. Mas se, de facto, o uso de brinquedos sexuais se inscrever mais num patamar de hábito antigo que numa premência actual, tente entender, de todo o modo, o que afecta o seu namorado, mas não faça finca pé.