Escárnio e bem dizer
E pronto. Basta um post a glorificar as minhas curvas que saem logo debaixo das pedras os insultos da ordem. Ora vamos lá a ver uma coisa:
Se procuram um blog taciturno, cinzento e pedinchão, caso não se tenham apercebido, estão no lugar errado. Se querem melancolia, saudades do tempo perdido e do outro que nunca mais vem, do que podia ter sido e do que nunca será, enganaram-se a digitar o nome no teclado.
Aqui vive-se bem. E viver bem implicar aceitar o que se tem, de bom e de mau. O que me fode o juízo, é que se eu viesse aqui postar textos de coitadinha, de desgraçada de mim que sou uma infeliz, não faltariam as pancadinhas nas costas dos supostos amigos a quem nunca vi a fronha e com quem nunca troquei verbo. Se aqui viesse expor as minhas maleitas, abrir a alma e dar-me à morte, auto-fágica e depressiva, tinha por aí mails solidários e generosos, a oferecer a mão amiga e um ombro para chorar.
Mas não. Como sou uma gaja bem disposta, contentinha com a vida que tem, sobretudo porque trabalho cómó caralho e tudo o que tenho me sai do pelo, recebo mimos destes. E porquê? Porque comentei um episódio onde referi as minhas qualidades, neste caso, físicas. Espera-me a fogueira da blogosfera. As minhas curvas, as minhas mamas e a minha carinha laroca não se comprazem com a tristeza e os maus vinhos que por aqui pululam.
Juro que há dias em que me apetece acabar com isto. Mas este não é um deles.