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cenas de gaja

17
Jun09

Sissi na FHM - sex

sissi

Não se deixem enganar, estimados. Quando ouvirem dizer que se dá demasiada importância ao sexo, que não é assim tão importante e que o que conta são os sentimentos e as emoções, virem as costas e dêem uma bela queca. Não é que o afecto não seja importante, porque é, mas valorizar uma coisa desvalorizando a outra é que já me parece obra de quem não pina desde que a coisa se escrevia com ph…

Só para esclarecer as massas: o romance é bom, mas não é melhor que uma rapidinha inusitada. Sentirmos um frio na barriga depois de um sms do parceiro por quem estamos apaixonados é muito bom, mas uma boa canzana, suada e intensa, é igualmente prazeroso. O melhor será ter tudo, sol na eira e chuva no nabal, ou seja, sexo do bom com quem gostamos. E isso é possível, obviamente. Porém, o apetite sexual dos machos não tem rival. A sua prontidão para a coisa, de pau em riste ante o mais leve aroma feminino, não permite competição, sobretudo se pensarmos que a maioria do grelame ainda liga o sexo ao romance. Logo, não há beijinhos e festinhas, não há canzaninhas. Assim mesmo, tout court.  Por isso, machame do bom que lê esta Bíblia, quando se queixarem aos amigos que a vossa pequena não quer sexo, pensem nisto. Nós, na realidade, gostamos tanto da p(h)oda quanto vocês, mas o nosso motor de arranque necessita de mais óleo para poder equivaler à potência que vocês possuem naturalmente. Há quem nos chame comichosas, mas eu gosto de pensar que somos apenas…exigentes. Ora pensem lá um bocadinho, com a cabeça que tem neurónios: vocês acham mesmo que o grelame, depois de ter a cargo a lida da casa ou os filhos para alimentar ao fim de um dia de trabalho, vai ter vontade de vos comer só porque há uma pila na equação? Please…  E mesmo os que não são casados nem vivem juntos: acham que o facto de poderem ter sexo significa obrigatoriamente que ele vá existir? Duvido. Querem ter mais sexo com as vossas respectivas? Toca a dar-se ao trabalho, que nós, gajas, não funcionamos em piloto automático, ou seja, não temos uma libido com ligação directa ao clítoris. Volto à pergunta: querem ter sexo do bom mais frequentemente? Simples: basta que nos façam sentir especiais, que nos digam ou mostrem o quão fantásticas somos, bonitas, inteligentes, boas namoradas e mães, generosas, profissionais, boas na cama, com umas mamas como não há iguais, e um rabo de perder a cabeça, fazemos o melhor sexo oral de que há memória, que não há mulher que nos chegue aos calcanhares (esta é especialmente importante…) e, acima de tudo, que não gostariam de estar com mais ninguém a não sermos nós. Não é fácil? Agora basta que o sintam e o digam convictamente. Em alternativa, se conseguirem fazê-lo bem, mintam. Nós, grelame do bom, queremos ser tratadas como umas rainhas. O que me parece um preço baixo a pagar pelas iguarias sexuais que estamos dispostas a proporcionar-vos.

 

PS: é verdade que o blog tem estado parado, mas há uma vida bem real por detrás destas sinecuras de princesa que nem sempre deixam espaço à rambóia ou à escrita.

 

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