05
Fev09
Sissi na FHM - The Office
sissi
Não há combinação que melhor represente a alegria no trabalho que umas boas foeiradas mandadas na colega do lado. Nada nos deixa mais enérgicos para enfrentar o trânsito matinal que a certeza que, horas depois, o escritório estará impregnado do fedor a engate. E quem inventou a frase «trabalho é trabalho, conhaque é conhaque» trabalhava, seguramente, sozinho. E era parvo. Porque quando dominamos com mestria as importantíssimas regras de convivência profissional no que ao sexo diz respeito, retiramos prazer na labuta em muito mais que uma vertente.
É claro que exercitar o baixo-ventre no local de trabalho comporta riscos. Uns mais embaraçantes que outros, sobretudo se pensarmos que a tesão e a vontade nem sempre fazem com que valha a pena o risco. Muitas vezes, a gaja boa do departamento de vendas que tem um ar de cama que vai daqui até Pequim é, na realidade, uma freira Carmelita no que toca às artes do sexo. E depois de ajoelhar e rezar uma novena mal parida, já não se volta atrás. A partir desse momento seminal, a troca de fluidos já vos rotula.
Por isso vos digo, Estimados Súbditos, sexo no local de trabalho é, literalmente, um pau de dois bicos. Porque se, por um lado, é excitante e melhora substancialmente o nosso empenho laboral, por outro, o risco de uma situação desconfortável é razoável com a agravante de termos de conviver com ela diariamente. Uma vez aqui chegados, e antes que o marsápio faça as vezes dos neurónios, perguntem-se: será que eu quero mesmo comer a mamalhuda do escritório? Quererei assim tanto visitar o armazém do economato, depois do horário do expediente? O meu conselho é simples: ou a colega é a encarnação mais perfeita da Afrodite, invadindo-vos o espírito dia e noite, ou então não vale a pena. O risco é demasiado grande para ser só boa aqui ou ali. Se é grelame universalmente bom, vamos embora. Se não, mais vale apontarem noutra direcção. Como por exemplo, a porta de outro escritório que não o vosso.