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cenas de gaja

13
Nov08

Is it me?

sissi

Depois de uma grande volta pela blogosfera, reparo que o tema quente dos blogs grelames é «o amor para a vida». Não sei se é porque o tempo esfriou e os pés já pedem um aconchego na cama, ou porque sou uma cabra fria sem sentimentos, apesar de cada vez mais boa, o certo é que o mundo feminino se juntou para perorar sobre o amor, ou a falta dele, e o homem e a relação ideais, ou a falta delas.

 

Ora, depois de muito elocubrar sozinha, virando-me para as paredes forradas a charme deste meu Palácio cada vez mais alvo e belo, reparo que o faço. Sozinha. E pergunto-me que raio é isto do amor para sempre. Isto quer dizer o quê? Que o amor é uma espécie de vacina ao contrário, sem fim à vista, que temos a sorte de apanhar e a vida se tornar num caleidoscópio de cores e felicidade para toda a eternidade? Ou que contemos o amor e a pessoa que amamos numa garrafa e a guardamos longe de olhares gulosos e bêbados?

 

Palavra de honra, não consigo perceber. Evolucionista e optimista que sou, não cabe nesta minha cabeça altiva e linda que o que queremos hoje vai ser exactamente igual ao de amanhã. Logo, se hoje estamos com alguém de quem gostamos porque sim, porque queremos fazer coisinhas com ela, se amanhã já queremos outras coisinhas e a pessoa, por acaso, nem por isso, o que fazemos com ela? Vai cada um à sua vidinha e pronto, não é assim?

 

Ora, se já todos sabemos isto, se cada um de nós percebe o carácter efémero de tudo o que nos rodeia, a começar pelas nossas próprias vontades, porque caralho é que continuamos à procura de coisas para vida? Porque é que as relações não assentam nesta base de «venha o que vier hoje, que amanhã logo se vê?» Será que sou eu que ando a foder gajos há demasiado tempo e já me desliguei da realidade amorosa, ou as relações que para aí pululam são demasiado apressadinhas?

 

 

2 comentários

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    Alice 14.11.2008

    PS - Não é o amor que nos faz querer conter a pessoa que amamos numa garrafa... é a nossa própria insegurança que nos faz temer que o outro descubra que há coisas melhores por aí. Em teoria o amor é altruísta...
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