Bem sei que esta edição da Bíblia é verde. Que verde é também a cor da vida e do grandioso Sporting. É, obviamente, um tom que não ofende e, pelo contrário, aconchega. Mas esta escolha de pantone fez-me laborar na seguinte questão: de que cor é o sexo? E rapidamente os meus neurónios, quais espermatozóides em missão, correram mais depressa, com aquela alegria no trabalho que só quem trata destas temáticas consegue usufruir em pleno. A conclusão foi simples. O sexo, para esta Princesa que vos escreve, é a preto e branco. E perguntam vocês: «Oh Sissi, pintora exímia de quadros sexuais, e é a preto e branco porquê?» E eu respondo: Elementar, meus caros. Porque não há macho que faça o meu sangue correr mais rápido que um preto de grande calibre, nem nenhum outro faz realçar o branco leitoso da minha pele como estes Deuses de Ébano. Logo, o sexo é a preto e branco.
Ao contrário do quem seguramente, estão a pensar, não é a prova de que Zeus existe, localizada algures no baixo-ventre mulato, que mais me atrai nesta espécie de macho. Piças muito grandes atrapalham o acto e fazem pequenos cortes nos cantos da boca. Definitivamente, não é por aí. O que me motiva, exorta, puxa, entusiasma, enfim, dá tesão, é a cor, nos antípodas da minha, as quais, juntas, provocam uma excitação só comparável a uma cena de sexo em cenário proibido. É uma certa noção de transgressão, de fora-da-lei, que me agrada. A convenção social de não «ser suposto» incentiva-me ainda mais.
Para além disso, o macho negro exala uma confiança na sua masculinidade e sexualidade que raramente se vê nos restantes, colocado e vivido daquela forma. E isso é uma coisa que dá confiança, que nos permite intuir, com algum grau de certeza, que o tempo passado com aquela torradinha queimada não será em vão.
Por esta altura, deverão estar as leitoras desta Bíblia já a pensar: «Oh Sissi, princesa do ébano sexual, e como é que fazemos para experimentar semelhante iguaria?» E eu respondo: como sempre, sentem-se e leiam.
Ainda não sei quem é a boa deste mês, mas tenho acompanhado com fervor o doc-reality na SIC Radical sobre o casting FHM, de seu nome A Vida e a Bela. É um registo das belas todas juntas, o que me dá vontade de mergulhar para o meio delas, entrelaçar-me por entre as carninhas rijinhas, qual Tio Patinhas prescrutando a montanha de moedas. Enfim, só coisinhas boas na Bíblia. Como de costume.