Ái lôbe tibi
Enquanto espero que os senhores do IKEA percebam que a minha vida não se resume a esperar que eles venham para alindar o palácio ainda mais, delicio-me com o facto de, quase com 34, ter comprado a minha primeira televisão. Pareço uma criança numa loja de doces e os meus estados de alma variam conforme a programação - neste momento está uma senhora no Goucha a dizer que esteve seis meses sem menstruação. Eu sou completamente fanática por televisão, adoro reality shows e confort TV, choro, rio e sofro e se tivesse nascido noutra altura era pessoa para achar que as novelas não são ficção - no programa Fátima há um senhor que fala da menopausa das mulheres, o que me leva a desconfiar de uma certa obsessão dos programas da manhã pelo aparelho reprodutor feminino.
Mas dizia eu que desde sábado, dia em que a bicha (a TV) me entrou cá em casa, que se acabaram as leituras nocturnas e o restante trabalho. A minha mais nova companheira é a TV Cabo e os seus quase 200 canais (10 ou 15, se quiser ser preciosista) e tenho para mim que isto é uma lua de mel que tem pés para andar e durar. E porquê? Por três simples razões: Oprah, Tyra e Bunny Ranch (yummy!). Claro que adoro as séries do FX e do Fox Life mas quem me tira as coelhinhas do Rancho é como se me arracasse cabelos à dentada. Um a um. Com a Oprah e a Tyra aprendo várias coisas, desde como comer só alimentos verdes e rejuvenscer a acabar com relações com grande limpeza e sem chiqueiro ou mesmo coisas tão úteis como manter-se casta até casar.
Ver relevisão é como comer chocolates. Não precisamos dela mas apetece-nos sempre um bocadinho. E podia aqui dizer que só vejo a BBC, a Bloomberg e o Arte mas na realidade, vejo esses e os outros todos. Tenho pavor de viver num só lado da vida. Seja ele qual for.
A Brenda do Beverly Hills 90210 está na Tyra?!!!! Lindo!