É dos «nérvos»
Aturados anos de estudo não foram suficientes para descobrir a cura para a depressão. Porém, Sissi, princesa altiva e vivida, tem o colutório mental certo para as maleitas do espírito: gadjets sexuais. Perambular pelas sex shops em Lisboa é o equivalente a vários miligramas de Prozac e muito melhor que qualquer comprimidinho de Lítio. E porquê? Porque, por razões que desconheço, o sexo faz rir.
E o sexo faz rir porquê? Não sei mas sei que sim. Querem um deprimido crónico a rir à parva mostrem-lhe um vibrador ou umas bolas chinesas e é vê-lo a dar risinhos parvos, atrapalhados e mal contidos. Pretendem levantar a moral da nação? É mostrar-lhes gente a foder e ver como de cabisbaixos passam a envergonhados e daí a idiotas.
Dentre várias idiossincrasias, o sexo também faz rir. Os Monty Phyton ao pé da Jenna Jameson são aprendizes de actores porno. Querem ver a malta feliz, é prescreverem pornografia três vezes por dia, antes das refeições. Não sei porquê, mas sei que sim.
Na realidade, riem de quê? Qual é a piada da foda? Qual é a necessidade do dichote fútil quando se fala de sexo? Por Toutatis, não advogo que a coisa tenha que ser séria e impregnada de formalismo mas a risada nervosa é um turn off tão poderoso quanto a falta de tesão em sim mesma.
Pior que isso só um súbdito a quem tentei abocanhar e que dizia, entre risos, que os broches lhe faziam impressão...
Não sei porquê. Mas sei que sim.
Deve ser «nérvos».