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cenas de gaja

28
Nov05

TPM # 13

sissi
Há coisas em mim que são consensuais. Poucas é certo. E há outras que eu sei serem um Sheltox para os pobres de espírito. Este blog não é uma bandeira minha. Não é uma forma de mandar à cara de alguém aquilo que sou e a forma como decidi viver a minha vida. Não é para chocar, intimidar, irritar, ludibriar. É para me divertir, interagindo. No entanto, parece que há julgue que não. Parece que o facto de falar de sexo induz os mais incautos a pensar que sou uma puta, uma porca, uma destruidora de lares. E pensam bem. Sou isso tudo e muito mais. Mas sou, essencialmente, genuína, que é o que me faz brilhar no meio dos meios amigos e o que me faz arrancar-lhes sorrisos nas situações mais inauditas. Eles sabem, como ninguém, que passo a vida a falar de sexo. Que não posso ver um burrinho de saias (e às vezes uma burrinha) sem que me saia um ditame galhardo, que um piscar de olho alheio me faça desviar a rota. Este é o meu lado que abana as consciências alheia e eu tenho a noção disso. Às vezes, uso esse facto em meu benefício. Mas a mais das vezes ele joga em meu claro desfavor. Os homens fogem de mim como se eu fosse um labéu na sua vida. As mulheres escondem os seus cônjuges cindindo amizades. O mais estranho, é que sou só uma tipa normal. Não sou uma bomba sexual, uma boazona, uma gaja linda, nem nenhuma dessas formas que as pessoas insistem em colocar-nos.
I´m just an ordinary girl with nothing to loose.
Ora vem isto a propósito de um comentário que coloquei neste blog, onde, mais uma vez, falava de sexo e precaução. Houve logo quem viesse aqui espreitar e se apressasse a dizer que eu era um homem. Este template de pensamento persegue-me desde sempre. Porque desde sempre que um amigo atento me diz que eu não sou «bem uma gaja» que «penso como um homem» quando toca a interagir com o sexo oposto. Ora bem, esta litania e este vagar de pensamento sempre me enervaram. A mim sempre me ensinaram a procurar o que queria na vida, e na vida, entre milhares de outras coisas, quero sexo. Nunca ninguém me disse que devia deixar que fosse o homem a vir ter comigo, e cedo percebi que se assim fosse, estava bem fodida que os machos são pusilânimes por um lado e demasiado eufóricos por outros, combinação explosiva. Também nunca ninguém me explicou que uma foda deve ser muda e desprovida de manifestação de desejo, da mesma forma que ainda estou para saber onde está escrito que serei fedúncia quanto mais falar de todas estas coisas.
Serei um homem por tudo isto? Talvez. Na cabeça dos medrosos, dos pouco corajosos e dos que se limitam a ver a vida a preto e branco. A mim sempre me ensinaram que o Pantone terá as cores que quisermos, e o meu Graças a Zeus, tem tonalidades várias...

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