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cenas de gaja

28
Abr06

Vou já, já...

sissi
Caríssimos,
Londres está ao rubro e o palácio Real está em festa. Não há uma razão concreta para este tom eivado (isto se descontarmos a degustação e palitar de dentes pela investida no macho italiano), apenas o facto de estar práqui a acabar umas coisinhas de escrita e tempo que é bom, nicles. Maneiras que vos deixo com a Jill Scott, que proporciona óptima ambiência para foder, e um pedido de desculpas pela interrupção, prometendo, desde já, que a emissão segue dentro de momentos.

cumps.
24
Abr06

Entropias

sissi
Ainda a propósito do post de ontem, e para começo de conversa, apraz-me dizer o seguinte:
Há homens que fazem maus minetes e mulheres que não se manifestam.
Parto daqui porque me parece importante e ilustra na perfeição a falta de um elemento fundamental em tudo na vida, e principalmente no sexo: comunicação.

Acredito profundamente que sem comunicação o sexo é apenas um conjunto, muitas vezes desconexo, de actos mecanizados. De resto ter sexo é, primordialmente, comunicar o desejo pelo desejo de outrém. É estar em contacto, enviar sinais, receber feedback. Comunicar, portanto. Até aqui tudo bem. Quando os corpos se conhecem e se apetecem os caminhos inspiram menos dúvidas. Há qualquer coisa de confortável e terrivelmente apaziguador em percorrer o corpo do nosso amor. Conhecemo-lo bem e sabemos o que o faz estremecer. Não conheço melhor sensação que aquela que nos faz apetecer o colo de alguém que ainda tem nele o cheiro do nosso corpo. Quando assim é não existem palavras que melhor ilustrem o torpor que o olhar transparente do desejo mal contido.
Mas enquanto não chegamos aí, como fazemos?
Desconheço outra forma de comunicar ao meu parceiro aquilo que gosto que não seja verbalizando. Quanto muito, posso pegar-lhe na mão e mostrar-lhe. E sorrir e dizer-lhe: É aqui...

Aliás, porque raio não eu hei-de eu fazer isto? Porque deverei sossegar o meu parceiro com mentiras piedosas? Se ele, porque não me conhece ou não está a prestar atenção, não consegue perceber o que me faz titilar, parece-me que, para bem dos dois, devo comunicar-lhe o facto e explicar como gosto de ser tocada. Tento fazê-lo, obviamente, com cuidado. Nestas ocasiões uma palavra mal colocada por causar mossa. Mas se depois do cuidado que julgo colocar nas palavras, para melhor nutrir a relação, o meu parceiro insiste em ficar ofendido, deverei sossegá-lo com o meu silêncio? Além disso, acho extraordinária a excitação que se cria quando as duas pessoas se descobrem nas palavras e as transformam em actos. È maravilhoso o afago das mãos ao ritmo das mesmas.

No sexo como em tudo o resto, a minha mente não é normalizada. Tento não me limitar a existir, mas a viver. Tento não apenas falar, mas conversar. Parece me justo que também queira ter bom sexo. Nem que para isso tenho que explicar como.
22
Abr06

O Homem Lésbico

sissi
Quase 24 horas depois de grande incursão pelo macho italiano, lembrei-me de uma casta de homens praticamente em extinção. Diria mesmo, que é um run for your life type of guy. Quem tem um que o saiba manter pois os perigos do seu desaparecimento farão mais estragos que o pentendo do Limahl na década de 80.

Como é óbvio, falo-vos do Homem Lésbico.

Fundamentalmente, o Homem Lésbico distingue-se dos restantes pela sua capacidade de fazer um bom minete. E eu não digo baloiçar a língua entre um lábio e outro ou, sorrateiramente, deixar fugir um dedo (ou mais...) pelo Canal da Mancha. Não. Falo-vos do homem que, para além destas coordenadas, já percebeu que o segredo está na massa. Ou seja, no clitóris. Eu sei que isto pode parecer redundante. A C Word é useira e vezeira em conversas de café. Mas quantos os praticarão? Quantos homens saberão a diferença entre chupar lânguidamente o clitóris e sugá-lo como se estivesse a chupar cabeças de camarão no Ramiro do Martim Moniz? Pela minha experiência, poucos. Aliás, contam-se pelos dedos de uma mao. A mesma que se afaga à falta do bom toque de outrém.

O que é paradoxalmente trágico e engraçado, é que todos os homens acham que fazem bons minetes. E isto só acontece por duas razões: porque durante o acto não se preocupam em saber se os tremores e gemidos que sentem e ouvem são de verdadeiro prazer, ou então porque elas sussurram um desejo que não está lá.

Gajos, seria simpático que levantassem a cabeça de vez em quando para se certificarem que qualquer que seja o ruído que ouçam não seja o de um ressonar ou aquele respirar de quem quem já adormeceu profundamente. É bonito também que questionem a parceira com elegância, que tentem verbalizar os intentos e assim aumentar o grau de excitação. Se não for pedir muito, e se isto não for uma tarefa homérica, ao subir para beijar os outros lábios, não se armem em discretos ao limpar a boca às pernas ou barriga da mulher com quem se está, fingindo que estão aos beijinhos, os queridos... É feio e desnecessário.

O Homem Lésbico é o que maneja com mestria todas estas variantes. É lésbico porque como algumas de vocês sabem, outras desconfiam, e outras estão mortinhas por saber, o melhor minete é o que é feito por mulheres. E venha quem vier. O que melhor se assemelha é precisamente o do exemplar supra. Sabe onde fica o clitóris sem ter placas de sinalização e percebe ainda a diferença entre deixar escorregar um dedo sem mais num entra e sai sensaborão, e fazê-lo com ele na minha posição «dedal» favorita ie «cana de pesca invertida». Agora descubram vocês...
19
Abr06

ANALogia

sissi
sissi - estás sempre com essas bocas homofóbicas mas ainda um dia te vou ver a levar nesse rabinho.

amigo - foda-se!

sissi - ah pois vou! ainda te vou ver com essas nalgas arrebitadas.

amigo - sim, sim, claro...

sissi - olha lá, e se fosse uma gaja a foder-te com um strap on?

amigo - o que é que tem?

sissi - isso faria de ti gay?

amigo - ...
18
Abr06

Foda-se, agora sim!

sissi
Graças a este grande querido, o Palácio Real dispõe de música ambiente (expressão que adoro por não querer dizer absolutamente nada). Como tal, fiquem-se com a Marisa Monte, canção algo nostálgica que me ajuda neste tempos de névoa londrina.
Está ali o botãozinho. No canto superior esquerdo. Vá.

PS . o próximo passo são fotos minhas em nú frontal.
17
Abr06

The Great Pretender

sissi
Ultimamente tenho dedicado mais tempo à blogosfera que a qualquer outra actividade (excepto à procura de emprego e ao onanismo). Por ter demasiado tempo entre mãos, tenho-me dedicado ao navegar nestas águas por vezes turbulentas do pequeno mundo dos blogs. Para além dos que visito regularmente, dois ou três, decidi prescrutar, quase a link a link, o que os seus autores tinham para me dizer. Tal como calculava, há de um tudo. Milhentos assuntos e temáticas, diversas formas de abordagem das situações, enfim, o cenário habitual que certamente conhecem.

Ao dar a volta por uma dezena desses blogs, coincidentemente os mais, soit disent, influentes da blogosfera - por os seus autores serem conhecidos antes do respectivo blog ou por se terem tornado falados por via do mesmo - dei-me conta de um elemento comum. Mais do que as coisas que diziam, sobre as quais não me pronuncio, foi o tom altamente pretensioso com que o fazim. E ri-me, claro. Da mesma forma que sorri com a rede de amigos e amiguismos que facilmente se percebe através dos links nas páginas. É um lamber de cús tão mal feitinho que só dá mesmo para rir. É obviamente legítimo, por Zeus, façam o que entenderem, mas é tão poucochinho... Suponho serem uma gente difícil de conversar, porque, nota-se a léguas, escrever deve ser o seu acto de masturbação diária. Os seus textos estão pejados de informação literária, nomes de autores escandinavos ou bielo-russos, marcas distíntissimas que só eles conhecem, títulos pomposos. E isto parece ser tão mais importanto conquanto uma forma de vida. É um frenesim pela busca pelo novo autor, a novidade, o tema, o agenda setting, o IT. Mas nenhuma destas referências porderá ser acessível ao homem comum. Zeus nos livre! A popularidade na blogosfera é inversamente proporcional ao popularucho. Ou mesmo ao popular. Já ao pop, como é fashionable, pode ser usado, mas sempre em doses moderadas. E depois adoram palavras com mais de três sílabas. E hifenadas.

Na realidade, e indo à genese da palavra, pretensioso é o que pretende. E que pretendem estes pretensiosos? Pretendem que nos achemos que eles são uma coisa que nós não somos. E pretendem que nós queiramos ser como eles. Quem se importa que alguém queira ser como nós? Ninguém. Até gostamos. O que os pretensiosos desta blogosfera pretendem, e infelizmente de tantas outras esferas, é mostra-nos quão mais sapientes e versáteis e cultos eles são relativamente aos outros. Eles querem ser a pessoa que toda a gente quer ser, não percebendo que isso os coloca, exactamente, ao nível de todos nós... Quem não quer ser A pessoa para outro qualquer?

Nesta ronda vi sobretudo falta de vida, falta de gente dentro. Será que vivem? Ou simplesmente existem? E existirão fora da blogosfera? Será que sabem do que falam? Ou os livros e os filmes e a erudição que parece rodeá-los lhes tolda o empirismo dessas mesmas coisas?

Aqui na xafarica, mal ou bem, provavelmente mais vezes mal que bem, as coisas têm vida. Doídas umas, felizes outras, mas sempre, sempre, vividas.
12
Abr06

Fancy a drink?

sissi
Once in London, não há como escapar à pub culture. Todo o gato sapato tem o seu local pub e o visita com regularidade, para não dizer todos os dias. E podia ficar-se por um molha lábios, um aconchega estômago, um amuse bouche, mas não. A onda aqui é a binge drinking, que é como quem diz, beber-até-cair-e-bater-com-os-cornos-no-chao. Isto é uma gente que, para além de não comer, não brinca em serviço no que respeita à ingestão de alcóol. Mete dó. Ora esta princesa, habituada a Cristal, Veuve Clicquot (Rótulo Preto) e Blinis com Beluga, está com alguma dificuldade em habituar-se a tão populares costumes. No entanto, como Once in Rome..., há que segui-los não com o néctar dos deuses, mas com um Pinot Grigio Branco ou um qualquer Shiraz.

Obviamente, ir ao Pub num terça feira, por exemplo, não tem o mesmo gosto que fazê-lo numa quinta, muito menos nuna sexta. É que nesse dia maravilhoso, toda a gente, mas mesmo tooooda a gente, vai ao pub. O meu fica na City, chama-se Peter and Piano, e ainda não conheci por lá machos com esses nomes, pelo que, deduzo, deve ser um fétiche ou apenas uma escolha ridícula de nome.

Bonito mesmo é o ritual dentro do pub. Não sei como é o procedimento nos outros pubs, mas neste os meninos, engravatadinhos, brokers a maioria, novinhos e mesmo a pedir para serem enganados, fazem tudo por uma queca com as secretárias da City. Ao contrário de Lisboa, em Londres uma secretária ganha mais que um executivo de Marketing, por exemplo. São lugares de confiança e as miudas esmeram-se na aparência como se a vida delas dependesse disso.

Estrategicamente colocada num canto do bar, gosto de observar o pax de deux do ritual. Primeiro porque sou voyeur, depois porque ando a aprofundar a minha técnica a que, carinhosamente, chamei de «Um sorriso por uma bebida - história de uma puta real». É um nome muito grande que não colhe, mas é o que temos... Então a coisa dá-se mais ou menos desta forma: chego ao bar, encosto-me e finjo que procuro alguém, o que me dá tempo de ver quem está a pedir para me pagar um copo de vinho, vislumbro o alvo, sorrio, ele invariavelmente aproxima-se, trocamos dois dedos de conversa até que ele me pergunte o que quero beber. Eu faço sempre aquele ar de «ai-não-sei-cheguei-agora-não-sei-quem-sou-eu-para-onde-vou-de-onde-venho». Resulta sempre. E depois se ele for interessante, venha mais conversa e mais copos de vinho. Se não, um «thanks a lot, see you around» works like a charm!

E quando estou prestes a sentir-me uma verdadeira puta, olho em volta e é vê-los a puxar dos cartões de crédito para pagar outros tantos copos de vinho, pints e quejandos às meninas que, como eu, acharam uma forma económica de ir ao pub. Isto pelas 19 horas. Pelas 21, já está tudo bêbado. E aí podem começar a dizer o que realmente pensam. De outra forma não vão lá...

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