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cenas de gaja

30
Dez05

Viva o Grelame Fêmeo!

sissi
Que me desculpem os caríssimos comentadores machos deste Palácio, que tantas horas de prazer literário nos têm dado, com quem tenho fantasiado de vez em quando, mas este é o momento, solene, de homenagear as fêmeas deste canto. Os seus comentários são eivados e cheios de sumo. Já era altura de cá virem, mesmo que isto seja o deboche total. Apareçam mais vezes, Navegante e Sónia. Carlotinha, tu já és da casa. Às outras grandes queridas que já cá vieram, continuem a passar por cá que gostamos de saber de vós.
Viva o gajêdo! Viva o grelame fêmeo!
Alguém ousa discordar?
28
Dez05

Post Sério

sissi
Então não é que estava eu ontem a ver o Coffee and Cigarettes, do Jim Jarmuch, filme que adorei, e só aí que reparei que o Iggy Pop é coxo?! Isto sou só eu ou mais alguém já tinha reparado? Já vi dois concertos do gajo e nunca me tinha apercebido...era produto marado de certeza...
28
Dez05

O Natal é das crianças

sissi
Bom, e passou-se mais um Natal, essa época que me é tão querida quanto um cacto pelo esfíncter acima. É tradicionalmente a época do amor, da familia, das crianças e, sobretudo, da hipocrisia. Enerva-me até ao escroto as mensagens autómatas que se multiplicam, os votos que se desejam sem pensar. Mas o que me irrita mais é aquela ideia instalada e veiculada sobretudo pelas mulheres, que o Natal, «agora que o Salvador nasceu tem outra piada», apesar do Salvador ter apenas dois meses e não fazer ideia do que é o Natal e ainda se estar a cagar bem de alto e literalmente para o papá e para a mamã. Para a cabeça destas senhoras, o Salvadores salvam-lhes a existência. Especialmente no Natal. Porque assim, as festas de família podem, para além do espectáculo degradante que muitas vezes é, ser mais uma arena de arremesa-o-feito-da-criança juntos dos primos e cunhados e demais família. O Salvador dela é sempre mais esperto que o Salvador dos outros. É mais tudo. E em muitos casos, será um dia mais frustrado e mais obstinado com os resultados que todos os outros Salvadores.

A minha geração tem filhos por geração espontânea. O tipo de amor que nos foi transmitido, pela geração ultramarina dos nossos pais, é demasiado funcional para que não vejamos os nossos Salvadores como salvadores de nós mesmos. Namoramos, casamos, temos filhos. Podemos morrer em paz. O Eu anula-se perante o Outro, a nossa vida recebe a luz de forma diferente, porque há um Outro que nos ultrapassa. Os filhos são troféus, são escapes, são desculpas esfarrapadas para relações frustradas, para pessoas mal amadas.

Acredito piamente no amor aos filhos. De resto, acredito ser este o único tipo de amor incondicional. Amamos os nossos filhos na medida em que seremos sempre uns dos outros. E é por esta mesmíssima razão que me incomoda a forma quase desplicente com que eles se mandam vir. Acho tão importante e marcante e quase desestruturante a presença de um filho na nossa vida, que me revolve as entranhas a leveza com que se pensa «vamos ter um filho».

Mas obviamente que isto sou eu. Que acho que que devo estar no meu melhor para receber o meu filho. Que julgo ter essa obrigação. Porque depois não me apetece nada estar em casa e olhar para ele e pensar que há coisas que ainda não fiz, que me apetecia estar a escalar os Himalaias ou simplesmente estar nos copos com os amigos. Pior, não me apetece nada reconhecer a minha falta de maturidade e generosidade afectiva para lidar com os porquês que terá ao longo da vida dele. Preciso dar-me tempo para perceber que ele não é uma extensão de mim mesma mas uma pessoa diferente. Como preciso de lhe fazer entender que os papões não existem, mesmo que ele não queira comer a papa toda, que a mamã estará sempre lá, que devemos ser honestos e verdadeiros sobretudo com nós mesmos, que temos o dever ajudar o próximo e, acima de tudo, gostarmos muito de estar vivos.
E isso tudo não vem nos livros.
23
Dez05

Carta ao Pai Natal

sissi
Querido Pai Natal,

Este ano portei-me bem. Fui uma boa Princesa. Ajudei os pobres e as minorias, inaugurei hospitais e creches, fiz donativos a instituições de caridade, estive presente para os súbditos reais, enfim, fui, de facto, uma boa Princesa, para além de ser já uma princesa boa.
Não posso, no entanto, deixar passar em claro esta oportunidade para te pedir que coloques nos meus Jimmy Choos algumas coisas que aguardo há algum tempo e que este ano foram escassas, para não dizer inexistentes.
Gostava que me providenciasses um gajo que fodesse bem. Um gajo que se preocupasse em agradar a uma Princesa solitária, com minetes e fodenga vária, alguém que percebesse que as exigências da vida palaciana encerram em si mesmas uma tensão que precisa ser descarregada, várias vezes ao dia. Que valorize a importância de um bom broche entre uma reunião diplmática e outra, que entenda que a canzana é a melhor coisinha que o Kamasutra já inventou. Já agora Pai Natal, já que estamos numa de pedir, se ele fosse inteligente, aliás, muito inteligente e culto, dava algum jeito. Entre um foda e outra sempre poderia ajudar-me a gerir os destinos do Reino, e, assim, acumular a função de Conselheiro Real. Se ele fosse o género bravo e valente também era uma coisa bonita. A Foda é uma coisa que requere não só arte e engenho como também um interlocutor afoito. Se pudesse, gostava ainda que ele fosse generoso, para que parasse apenas ao mais suave lampejo Real de saciedade «fodal», dedicando-se, até lá, a um ir e vir e ir e vir no dossel dos meus aposentos. Por fim Pai Natal, não querendo abusar, mas já abusando, se fosse um tesão do caralho e giro que se farta, esta tua súbdita, Imperatriz Sissi, ficar-te ia eternamente grata, e cuidaria para que tivesses umas Aias do Palácio à tua disposição para quecas ocasionais.

Pode ser Pai Natal? Pode, pode, pode?
Agradecida
23
Dez05

...

sissi
Ora bem, o Natal traz consigo o espírito da Paz, do Amor, da Família, da Fraternidade (espera isso era o Grândola Vila Morena, caguem na Fraternindade), mas pronto, essas palavras bonitas que toda gente gosta de encher a boca para dizer. Eu acho isso uma desperdício. Eu cá, mil vezes encher a boca com falo apetitoso que com hipocrisias natalícias. Adiante.
Aqui ao Palácio chegam ofertas de várias proveniências. A diplomacia das Casas Reais obriga a um protocolo extenso no que respeita às oferendas, sendo que, as minhas favoritas têm como expedidor os países africanos de uma forma geral. É uma gente muito imaginativa, que gosta de oferecer aos congéneres da Realeza aquilo que o país tem de melhor: os falos nativos. E de maneiras que o Natal no Palácio é sempre uma coisa muito agradável. Passamos o dia 24 a abrir os presentes (como são muitos não podemos esperar pela meia noite...), dia 25 também, e o resto da semana até ao Ano Novo comemos os restos que ficaram. Enfim, é um Natal santo.
Gostava de aproveitar esta oportunidade para sugerir aos países cujos nativos são menos abençoados com a graça de Zeus (ppl oriental de forma geral), as seguintes ideias para presentes, coisas simples que eu sou uma princesa frugal:

1 - vibrador Bunny, em violeta ou verde-limão, tamanho não cavalar
2 - aquelas botas que vi na Loja do Chiado
22
Dez05

Hossana nas Alturas!

sissi
Cá está o gajo! O novo Palácio Real chegou com a decoração para 2006. Ainda não está completo, como tal, aguardo ideias e sugestões das vossas mentes brilhantes como grandes paineleiros que são. Obrigada pelos elevadíssimos momentos na antiga xafarica. A emissão segue dentro de momentos.

PS . Assim à laia de cerimónia de entrega de prémios, gostaria de agradecer o esforço e a imensa generosidade do Tiago, nomeado Director de Recursos Humano do Palácio, ao BC, Director de Informática, e a minha Carlota Joaquina, Inspectora Real e Agitadora-Mor do Reino. Muito, muito obrigada!
13
Dez05

Avé!

sissi
Não sei se isto se passa convosco, mas eu, quando encontro alguém que admiro profissionalmente, desligo um botão e ligo outro. O da reverência, do respeito, da curiosidade, do pundounor. Torno-me mais insegura, com medo de errar, de desalinhar uma palavra ou um ter um gesto menos próprio. Se, por acaso este acaso se dá numa noite ébria, a coisa complica-se porque os gestos e as palavras saem embebidos em alcóol e torpor e os relapsos ridículos sucedem-se sem dar tempo à compostura.
Outras vezes, a vontade de conversar e conhecer é tanta e tão antiga que a palavra certa é a que sai, mesmo que conjugada no verbo errado. Os gestos são correctos mesmo que sejam tropeções.
E a coisa dá-se...


PS – my darlings, depois de tomadas todas as providências possíveis e nada ter resultado, a única coisa que se pode fazer para manter este espírito festivo é comentarem para este mail alteza1@sapo.pt, que eu depois faço um reply to all e todos comentam. Os anónimos podem continuar anónimos, é so arranjar um mail. Pode ser? A gerência agradece.
06
Dez05

É a inveja, estúpida!

sissi
Meus caríssimos,
que dizer da hecatombe que se abateu sobre este blog? Que pensar do maior tsunami digital de que há memória desde que o O Meu Pipi (vénia em espanto reverente) decidiu recolher o seu marsápio para longe das ondas virtuais? O que fazer a respeito da tirania digital imposta pelos pécoras, bandalhos que invejam a altíssima qualidade e criatividade deste cantinho?
Que se fodam! Ou melhor, não. Que não fodam. E que, para aguentar as investidas verticais do Falo por domesticar, sejam obrigados a demolhar os tomates em água fervente e salgada ao mesmo tempo que uma cabra lhes lambe as solas dos pés até ao osso, ao melhor jeito da tortura chinesa.
Assim sendo, aproveitando o furor dramático, e porque estou em metadona dada a ressaca do convívio blogueiro, peço, encarecidamente, a quem perceba alguma coisa disto e não seja uma info-challenged como eu, que me ajude a decifrar uma forma de voltarmos a estas salutares tertúlias. E porque o hotmail também me está vedado, favor enviar mails, notícias, relatos, presuntos de Chaves, preservativos coloridos ou cuecas comestíveis para cenasdegaja@yahoo.com.br
Estou abúlica com tudo isto. E com falta se sexo, tal como já vos disse uma meia dúzia de vezes...

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