Maria Porto rules!
O Sissi Responde vai ter que esperar mais uma semana. Hoje decidi falar aqui de Maria Porto, ou A Tua Amiga, que está prestes a lançar mais um livro. Os teasers a esse livro podem ser encontrados no You Tube e são a melhor coisinha que tenho visto nos últimos tempos.
Independentemente do conteúdo, a Maria tem aquilo que falta à maioria de nós: estômago e coragem. Assumir-se puta é duro. Sobretudo porque a maioria das pessoas não entende a sua importância. Não percebe que há quem não viva uma dimensão sexual satisfatória, com ou sem parceiro, e tem de recorrer aos préstimos de alguém abalizado para a preencher.
Ser puta é prestar um serviço que mais ninguém presta. É trabalhar num enclave de mercado que bule com o que temos de mais recôndito, escuro e bizarro. O traçado da sua função fá-las acumular encómios: são, a espaços, cortesãs, amantes, confidentes, pais e mães e quer-me parecer que quem se presta a semelhantes trabalhos não deveria ser vista como alguém que vive de sinecuras. Ser puta não é menos importante ou digno que ser outra coisa qualquer. Pagar para ter sexo não é iníquio nem porco. É uma troca de serviços entre alguém que tem para comprar e outra que tem para vender. A função já é dura o suficiente sem venhamos nós apontar o dedo.
Por tudo isto e mais, és grande Maria Porto! Vou comprar os teus livros. Tenho, seguramente, muito a aprender.
E antes que ressuscitem os Torquemadas, as crianças estão, obviamente, excluídas desta apreciação.